O impacto acadêmico da ciência do Brasil no mundo aumentou 21% de 1996 a 2002 segundo relatório da Agência Bori feito em parceria com a empresa de análise de dados Elsevier. Conforme o levantamento, o impacto da pesquisa é medido pelo número de vezes que um artigo científico é citado em comparação com outros da mesma área no resto do mundo, em determinado período de tempo, indicador conhecido como Field Weighted Citation Impact (FWCI).
De acordo com o relatório, divulgado esta semana, o FWCI da ciência brasileira foi de 0,7 em 1996 para 0,85 em 2022. Já o número de artigos científicos brasileiros publicados no período aumentou nove vezes: passou de 8,3 mil em 1996 para 74,6 mil em 2022.
“É importante notar que, apesar do gigantesco aumento da produção científica, o Brasil tem conseguido manter a média de citações de seus trabalhos, aproximando-se cada vez mais da média mundial”, frisou o cientista de dados da Bori, Estêvão Gamba.
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Os dados apontam ainda que a porcentagem de artigos científicos de autores brasileiros entre os 10% mais citados no mundo teve crescimento de 5,4% em relação ao total de artigos publicados no período. A USP (Universidade de São Paulo), a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista) lideraram as instituições brasileiras com mais artigos de seus pesquisadores entre os 10% mais citados mundialmente no período de 1996 a 2022.
“Isso significa que os cientistas de instituições de pesquisa do Brasil estão publicando cada vez mais trabalhos que estão entre aqueles que têm maior impacto acadêmico do mundo”, destacou o vice-presidente de Relações Acadêmicas da América Latina da editora Elsevier, Dante Cid.
O relatório considerou países que publicaram mais de 10 mil artigos científicos em 2021, o que resultou em um total de 51 países analisados. Já para análise do cenário brasileiro, foram consideradas todas as instituições de pesquisa do país que publicaram mais de mil artigos científicos também em 2021, totalizando 35 instituições.