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Pesquisa mostra marcadores genéticos associados à covid-19

Redação Bonde com Agência Brasil
09 jul 2021 às 15:10
- Reprodução/Pixabay
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Um estudo internacional, coordenado pelo Broad Institute of MIT and Harvard, revela 13 marcadores genéticos associados à infecção pelo Sars-CoV-2 e à gravidade da covid-19, alguns deles relacionados com o câncer de pulmão e doenças autoimunes.


Publicado na revista científica Nature, estudo mostra que 13 locais no genoma humano estão "fortemente associados" à infecção pelo Sars-CoV-2 e ao desenvolvimento grave da covid-19.

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O tabagismo e o alto IMC (índice de massa corporal) foram também alguns dos fatores identificados pelos cientistas.

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Os resultados anunciados têm por base um dos maiores estudos de associação do genoma já realizados, que incluiu cerca de 50 mil pacientes com covid-19 e o controle de 2 milhões de não infectados pelo Sars-CoV-2.

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De acordo com o trabalho, dos 13 locais identificados no genoma humano, dois tiveram frequências mais altas nos pacientes oriundos do leste e sul Asiático, comparativamente aos europeus.


Um desses dois locais identificados no genoma humano, próximo ao gene FOXP4, está ligado ao câncer de pulmão, diz o artigo, acrescentando que a variante FOXP4, associada à covid-19 grave, "aumenta a expressão do gene".

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"A inibição do gene pode ser uma potencial estratégia terapêutica", afirma o documento.


Outros dos locais associados à covid-19 grave incluíram o gene DPP9, também associado ao câncer de pulmão e à fibrose pulmonar, e o gene TYK2, que está relacionado a algumas doenças autoimunes.

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A iniciativa, resultado de um esforço global de milhares de cientistas e intitulada Covid-19 Host Genomics Initiative foi iniciada em março de 2020 por Andrea Ganna, pesquisador do Fimm (Instituto de Medicina Molecular da Finlândia), da Universidade de Helsínque, e de Mark Dali, diretor do FIM e membro do Broad Institute of MIT e Harvard.


Desde então, o trabalho tornou-se uma das mais extensas colaborações em genética humana, contando atualmente com mais de 3.300 autores e 61 estudos procedentes de 25 países.

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Citado no comunicado, Mark Dali afirma que apesar dos progressos na pesquisa, há ainda "longo caminho a percorrer".


"Provavelmente vamos abordar a covid-19 como um sério problema de saúde por muito tempo. Qualquer terapêutica que surgir em 2021, por exemplo, a partir do reaproveitamento de um medicamento existente, com base em claros conhecimentos genéticos, teria grande impacto", destaca.

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Ele acrescenta que as descobertas mostram que "há muito potencial inexplorado no uso da genética para entender e desenvolver potencialmente terapêuticas para doenças infecciosas".


Também citado no documento, Andrea Ganna diz que o estudo e os passos dados na tentativa de encontrar sinais genéticos robustos "ilustram o quanto a ciência é melhor, quanto mais rápida avança" quando há colaboração entre os especialistas.

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Bem Neale, codiretor do programa de genética médica do Broad Institute of MIT e Harvard e coautor do estudo, também citado no comunicado, afirma que, embora as vacinas confiram proteção contra a infecção pelo Sars-CoV-2, "há ainda espaço substancial para melhorias no tratamento" da doença.


Para ele, a melhoria nas abordagens de tratamento da covid-19 pode ajudar a "mudar a pandemia para uma doença endêmica, que é mais localizada e está presente em níveis baixos, mas consistentes na população", à semelhança da gripe.


"Quanto melhor conseguirmos tratar a covid-19, mais bem equipada estará a comunidade médica para controlar a doença", afirma Bem Neale, acrescentando que se existissem mecanismos para tratar a infeção e retirar os doentes dos hospitais "isso alteraria radicalmente a resposta de saúde pública".


Os cientistas, que esperam que os resultados "apontem o caminho para alvos terapêuticos úteis", vão agora estudar o que diferencia os `long-haulers` [doentes que desenvolvem uma infecção prolongada] dos restantes, bem como identificar os locais no genoma humano associados a infecções e doenças graves.


A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.004.996 mortes em todo o mundo, resultantes de mais de 185 milhões de casos de infecção pelo novo coronavírus, segundo balanço recente.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus Sars-CoV-2, detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.


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