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Professora da UEL usa jogos que estimulam raciocínio lógico e criatividade

Agência UEL
11 nov 2019 às 17:03
- Agência UEL
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Usar jogos de tabuleiros antigos para estimular o processo de ensino e de aprendizagem na formação de futuros professores de Educação Física. A iniciativa é da professora Gisele Franco de Lima Santos, do CEFE (Departamento de Estudos do Movimento Humano, do Centro de Educação Física e Esporte), que trabalha com seis diferentes jogos na disciplina "Jogo, Educação Física e Educação".

São usados jogos de tabuleiro com origem antiga, antes mesmo de Cristo, como Real de UR (4.000 a.C), Senet (4.000 a.C.), Mancala (2.000 a.C) e Yoté (1.000 a.C). Dois outros jogos são datados da Idade Média, por volta dos anos 1400, como Fanorama e Gamão. Segundo a professora, esses jogos têm origem africana e asiática.

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Ela lembra que os jogos são, geralmente, associados à não seriedade, mas que eram concebidos para nobres e adultos. A professora cita o caso do Senet em que faraós, do Egito Antigo, aprendiam as regras porque acreditavam que, segundo ela, quando morressem teriam de disputar partida com o deus Rá, para fazer a passagem. "Por isso, os jogos não eram coisa de criança, mas de adultos e nobres", afirma a professora. Ela defendeu a tese "O processo de civilização do jogo", em 2012, para o doutorado em Educação pela UNESP (Universidade Estadual Paulista), campus de Marília.

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A professora estimula que os graduandos de educação física possam adaptar o jogo para ser disputado na quadra e as peças dos tabuleiros serem os próprios estudantes. Além disso, a produção do tabuleiro pode, também, ser realizado pelos grupos que pesquisam material para a confecção do jogo. Para ela não basta apenas transmitir a regra. É preciso estimular o conhecimento que o jogo desperta.

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Além da sala de aula, a professora Gisele Santos também usa jogos - não só de tabuleiros - no projeto de extensão "ABC do jogo presencial e virtual: jogo e motricidade para diferentes faixas etárias", que vai até novembro de 2021.


A segunda frente do projeto de extensão é a participação em grandes eventos em que grupos de estudantes da UEL e colaboradores participam levando os jogos, inclusive de tabuleiros. A terceira frente do projeto são oficinas específicas de jogos de tabuleiros. Gisele Santos afirma que está em contato com professores do curso de Engenharia Elétrica para desenvolver ações de extensão em conjunto, que visem o raciocínio lógico matemático.

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A professora Gisele Santos tem dois livros publicados sobre a temática. São livros editados pela EDUAL (Editora da UEL): "Jogo e Civilização: História, Cultura e Educação", de 2015 e "Jogos Tradicionais e a Educação Física", publicado em 2012. Este último foi finalista na categoria Livro Didático/Paradidático do 55º Prêmio Jabuti (2013).


Os jogos de tabuleiros chamaram tanto a atenção do estudante Anderson Soares Simões, do 3º ano de Educação Física, que ele vai desenvolver o seu trabalho de conclusão de curso a partir dessa temática. A origem africana dos tabuleiros é um dos fatores que ele considera importante. Anderson diz que os jogos de tabuleiro resgatam a interação entre os jogadores.

Anderson Simões produz os tabuleiros em madeira e outros materiais. Ele já confeccionou peças em peroba rosa e cedro, material conseguido em restos de construção, incluindo a marcenaria da própria Universidade. A proposta é comercializar as peças para difundir a cultura dos jogos.


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