Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Nesta segunda

Professores, pais e alunos protestam contra a terceirização em frente ao NRE de Londrina

Jessica Sabbadini - Especial para a Folha de Londrina
03 jun 2024 às 19:30
- Jessica Sabbadini
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Professores tomaram a avenida Celso Garcia Cid, no centro de Londrina, na tarde desta segunda-feira (3), em uma manifestação pacífica contra a terceirização de 200 escolas públicas paranaenses. O ato, em frente ao NRE (Núcleo Regional de Educação), é uma forma de apoiar os profissionais da educação que foram para Curitiba, assim como conscientizar a população sobre o que classificam como “desmontes que a educação pública do Paraná vem sofrendo ao longo dos últimos anos, sendo o Parceiro da Escola o mais recente”.


Uma professora de geografia da região de Londrina, que preferiu não se identificar, apontou que a manifestação tem o objetivo de defender o “pouco que resta” da educação pública paranaense. Para ela, a quantia de R$ 800 que será repassada por aluno à iniciativa privada é exorbitante e muito acima do que qualquer colégio recebe hoje.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


“O projeto que foi para a Assembleia Legislativa não fala sobre como essas empresas vão gerir esse dinheiro”, reforça. Ela garante que a meta do governo é fazer um “desmonte” na educação para que, dessa forma, a privatização seja vista como algo positivo ou como a única solução.

Leia mais:

Imagem de destaque
Da Unicamp

Nova tecnologia promete detectar HPV de forma rápida e barata

Imagem de destaque
Levantamento

Aluno de escola particular chega direto à universidade duas vezes mais do que o da rede pública

Imagem de destaque
Saiba mais

Mulher é curada de diabetes tipo 1 após transplante com células reprogramadas em laboratório

Imagem de destaque
Saiba mais

Concurso dos Correios com 3.468 vagas terá provas em 15 de dezembro


A professora explica que muitos professores ainda estão em sala de aula por medo dos descontos salariais anunciados pelo governo. “Eu estou aqui, mas também estou com medo, assim como os meus colegas. Eu vim porque depois não vou conseguir olhar na cara dos meus alunos e dizer para eles lutarem pelos direitos deles se eu não estiver lutando pelos meus”, afirma.

Publicidade


O agente educacional Leandro Leite, 43, trabalha há 20 anos no Colégio Dom Geraldo Fernandes, em Cambé, uma das unidades da lista de terceirizações. Para ele, o Parceiro da Escola é um retrocesso, principalmente por colocar um “atravessador” [empresa] que vai lucrar em cima da educação pública.


Segundo ele, desde 2015 os governos vêm tentando dar início a privatização, mas que a votação em regime de urgência pegou todo mundo de surpresa, assim como também foi um impulsionador para que a classe se unisse em um ato contrário ao texto do projeto.

Publicidade


Professora de ciências do Colégio Maria Helena Davatz, em Lerroville, Thamires Sigora, 36, afirma que o investimento previsto para o Parceiro da Escola deveria ser utilizado para a realização de concursos públicos para a contratação de professores e profissionais da educação.


Para ela, outra opção também seria aumentar o valor repassado por aluno para as escolas, que hoje é de pouco mais de R$ 300, para que possam ser realizadas melhorias estruturais, por exemplo.

Publicidade


Sigora também reforça que o Parceiro da Escola não vai afetar somente professores, mas toda a comunidade escolar. “A gente precisa resguardar o futuro da nova geração, que será ainda mais maltratada com essa educação pública não tão de qualidade”, afirma.


Na escola em que ela trabalha, poucos alunos foram para a aula nesta segunda-feira em apoio à greve docente. Segundo ela, representantes do NRE de Londrina estiveram na escola para fiscalizar e colocar vídeo aulas utilizadas durante a pandemia para que os estudantes presentes não tivessem aula vaga.

Publicidade


Os professores, profissionais da educação, alunos e demais presentes tomaram o estacionamento do NRE de Londrina com o coro de “não à privatização” e de “Eu estou na luta”.


Secretária-geral do APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Paraná), Neide Alves Silva detalha que quatro ônibus foram de Londrina a Curitiba para participar do protesto na capital.


Outras duas manifestações já foram marcadas para esta terça-feira (4): às 9h no Calçadão de Londrina e às 11h em frente ao NRE de Londrina.


Imagem
PM joga bombas em manifestantes, que lotam a Alep; sessão é suspensa
A Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para tentar impedir o acesso de manifestantes ao plenário da Assembleia L
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo