A UEL (Universidade Estadual de Londrina) foi apontada a segunda melhor instituição brasileira no THE Impact Ranking, divulgado nesta terça-feira (21), que avaliou 766 instituições de ensino superior em todo o mundo sobre o trabalho desenvolvido para o cumprimento dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas). Entre as 766 avaliadas no mundo, a universidade ficou na posição de número 91, à frente de outras reconhecidas no país, despontando como a paranaense mais bem posicionada.
De acordo com a professora Elisa Emi Tanaka Carloto, diretora de avaliação e informação institucional da Proplan (Pró-reitoria de Planejamento), a ótima posição retrata um trabalho real desenvolvido pela comunidade universitária considerando ações, projetos e pesquisas com foco na agenda 2030 da ONU, que aponta prioridades como erradicação da pobreza, agricultura sustentável, saúde e bem-estar, redução de desigualdades, parcerias e meios de implementação, energia limpa e outros.
Dos 17 itens que compõem a agenda 2030, a UEL respondeu a 15, elencando ações e projetos desenvolvidos, com destaque para a Usina Fotovoltaica, entregue em novembro passado, com capacidade para manter cerca de 250 residências médias durante um ano. A estrutura é resultado do Projeto de Eficiência Energética aprovado em chamada pública assinada pela Copel (Companhia Paranaense de Energia) e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
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Além das placas de captação, o Projeto de Eficiência Energética e de Pesquisa e Desenvolvimento Estratégico incluiu uma unidade geradora de energia elétrica a biogás, além da substituição de lâmpadas fluorescentes - Led, troca de 40 condicionadores de ar e de 40 destiladores de água, por equipamentos mais eficientes e de menor gasto energético. Também foram instalados 40 medidores para avaliar o consumo no campus universitário.
Outro destaque da UEL foi no item erradicação da pobreza, que de acordo com os avaliadores, as instituições devem ter ações para colaborar com uma sociedade mais igualitária. Segundo a professora Elisa, os programas de apoio à permanência de estudantes carentes desenvolvidos pela UEL tiveram grande peso. Foram destacados a moradia estudantil, as bolsas de estudos de inclusão social, o subsídio para refeições no Restaurante Universitário, a cessão de passes para o transporte público e projetos de educação financeira direcionados à população carente, além de programas de atendimento de saúde voltados à população vulnerável.
"O ranking retrata a nossa realidade. Uma universidade que olha para o futuro", destacou a diretora. Ela salientou que o THE Impact Ranking é uma pesquisa qualitativa, que busca avaliar ações concretas da comunidade acadêmica e sua capacidade de estabelecer interlocuções com órgãos governamentais e agências. É uma metodologia diferente dos demais levantamentos que medem desempenho das Instituições considerando pesquisas desenvolvidas e os impactos no mercado.
Em sua segunda edição, o levantamento é uma iniciativa do grupo britânico que elabora um dos mais conceituados rankings internacionais de universidades (THE World University). Para participar da pesquisa, as instituições necessitam enviar informações que comprovem pelo menos três itens da agenda, denominados ODS e obrigatoriamente com o ODS 17, definido como Parcerias e meios de implementação.
Colocações
A USP (Universidade de São Paulo) é a instituição brasileira melhor colocada, seguida pela UEL e pela Universidade Federal do Espírito Santo. Entre as paranaenses que se destacaram estão a UEM (Universidade Estadual de Maringá) - 8º lugar; PUC (Pontifícia Universidade Católica) - 14ª colocação, Universidade Federal do PR, na 22ª posição, além da Universidade Tecnológica Federal do PR, 25º, e Unioeste (Universidade do Centro-Oeste), na 32ª posição.