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Experimento científico

UEL recebe sinalização viária incomum para redução de velocidade

Redação Bonde com Agência UEL
16 mar 2018 às 14:48

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- Agência UEL
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A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) implantou, na quinta-feira (15), uma sinalização viária experimental no interior do campus da UEL (Universidade Estadual de Londrina). A intervenção consiste numa série de linhas em zigue-zague para constituir uma faixa de bordo - utilizada para definir os limites da pista - de maneira alternada. Implementadas numa faixa de aproximadamente 300 metros na continuação da avenida Presidente Castelo Branco, as novas pinturas estão localizadas na avenida das Perobas - umas das vias de acesso ao campus.

De acordo com Hemerson Pacheco, diretor de Trânsito da CMTU, a iniciativa é resultado de uma parceria entre a companhia e o curso de psicologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB). Há cerca de um ano, representantes das duas instituições têm elaborado estudos voltados à definição de técnicas capazes de reduzir a velocidade dos condutores. "Toda ideia que venha a minimizar os impactos negativos da dinâmica viária merece ser analisada e experimentada, por isso optamos por essa novidade e esperamos obter bons resultados."

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Carlos Eduardo Ribeiro, coordenador de Educação da CMTU, explicou que a medida não tem regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e, por isso, foi implantada numa via interna do campus, onde as regras de circulação não estão sob a jurisdição do município. "A intenção é examinar os efeitos. Caso eles sejam positivos, a ideia é solicitar ao Contran uma autorização para que a inovação seja levada a vias públicas, de tráfego comum."

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Para que a nova sinalização se tornasse realidade, UEL e CMTU realizaram levantamentos que identificam as características do trânsito no local. Segundo Guilherme Bracarense Filgueiras, professor do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento, as sondagens com a utilização de radares móveis apontaram que entre 90% e 95% dos motoristas excedem a velocidade máxima permitida para a via, que é de 40 km/h.

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O professor contou que foi um trabalho de longo prazo, que indicou o número de condutores usuários do trecho, a velocidade média desenvolvida por eles e os horários de maior movimentação. "Tal sinalização já é adotada em outros países e estudos revelam que, de fato, as pessoas tendem a tirar o pé do acelerador. Queremos analisar o impacto disso e verificar a efetividade da medida." Ele conta que a sinalização já é utilizada em países como Chile e Inglaterra.


Na próxima segunda-feira (19), quando começam as aulas do ano letivo de 2018 na universidade, os responsáveis pelo estudo farão o acompanhamento do fluxo na via. Ainda de acordo com o professor, a observação deve se repetir uma semana, seis meses e um ano após a implementação das pinturas. O objetivo é observar o impacto inicial da medida e determinar se a mudança de hábito esperada vai permanecer com o tempo.

Caso seja aprovada, a iniciativa deve ser ampliada para outras partes do campus e, possivelmente, para fora da instituição.


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