Em reunião online, na tarde desta sexta-feira (21), o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) discutiu as recentes medidas tomadas pela universidade em relação ao retorno das aulas. Dentre as pautas levantadas estava a não obrigatoriedade do passaporte vacinal como medida para o retorno seguro presencial e, também, a desorganização por parte da instituição ao tomar a decisão de adiar o retorno presencial faltando quatro dias para o início das aulas.
Nesse cenário, a decisão dos estudantes é por pressionar a UEL pela adoção da obrigatoriedade do passaporte vacinal para o retorno das aulas. Na terça-feira (18), a Câmara de Graduação da instituição votou contra o passaporte como medida para o retorno presencial. “É uma medida de segurança necessária para voltar”, explica Natália Rodrigues de Held, membro do DCE. Segundo a estudante, o retorno dos alunos a universidade não afetará somente a comunidade universitária, mas também a população em geral: o fluxo no transporte coletivo será maior e haverá o contato direto entre milhares de estudantes. Além disso, não há certeza de que todos os alunos estejam vacinados, já que o recolhimento dos dados ainda não está completo.
Em uma reunião realizada na quinta-feira (20), a Câmara de Graduação da UEL optou pela manutenção do retorno das atividades acadêmicas no dia 24 de janeiro em formato remoto pelas próximas três semanas, com a possibilidade de atividades presenciais, seguindo as especificações dos planos de matriz curricular de cada curso. Com isso, a preocupação dos estudantes está concentrada na segurança sanitária da comunidade, uma vez que o estado do Paraná, assim como o país todo, vivencia diariamente o aumento dos casos de Covid-19, sobretudo da variante Ômicron, além dos casos da gripe H3N2. Em Londrina, segundo o último boletim epidemiológico, a média de novos casos de Covid-19 é de 500 por dia, somando mais de 2000 casos ativos da doença, com 35 internações.
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Das onze universidades públicas do estado do Paraná, sete delas já adotaram o passaporte de vacina como exigência para a volta do ensino presencial. E, das instituições estaduais, a UEL é a única que não exigirá comprovante. “Que eles retomem a discussão, repensem e votem de novo. É algo que já foi adotado em outras universidades, tanto do Paraná quanto fora do estado”, pontua a estudante.
O DCE seguirá pressionando a universidade quando a isso e irá adotar algumas medidas para que ocorra uma segunda reunião na Câmara de Graduação. Além de compartilharem a informação entre a própria comunidade universitária, a intenção é fazer com que a pauta chegue até o conselho da UEL: “Além de escrever um manifesto, a gente pretende fazer uma reunião com as categorias de professores, técnicos e pós-graduação. E tentar levar a pauta novamente para o conselho”, conclui Held.
*(supervisão Patrícia Maria Alves)