A USP (Universidade de São Paulo) afastou nesta segunda-feira (13), de forma inédita, um estudante do curso de Relações Internacionais sob a alegação de fraude no sistema de cotas da universidade. A instituição não divulgou o nome do aluno. Ainda cabe recurso da decisão.
Segundo a USP, caso haja comprovação da fraude ao final do processo administrativo, o aluno será desligado da universidade. Se for expulso, o estudante ficará impossibilitado de realizar nova matrícula na instituição pelos próximos cinco anos.
De acordo com a universidade, tanto as sindicâncias quanto os processos administrativos são conduzidos por comissões formadas por docentes da universidade especificamente para esse fim. Os relatórios resultantes dessas comissões são classificados como documentos sigilosos.
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A universidade informou que não foi possível constatar a conformidade das características fenotípicas com a autodeclaração de PPI (pretos, pardos e indígenas) do estudante. A USP adota a reserva de vagas para alunos de escolas públicas e autodeclarados PPI desde o vestibular de 2018.
Em 2019, a universidade teve mais de 40% de alunos matriculados oriundos de escolas públicas e, dentre eles, 40,1% na modalidade PPI, o maior índice alcançado pela USP nos últimos anos. Em 2020, essa porcentagem foi equivalente a 47,8% do total de ingressantes, dos quais 45,6%, PPI. Para 2021, 50% das vagas de cada curso de graduação e turno estão reservadas para candidatos egressos de escolas públicas e PPI.