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Após acusações de assédio

Hillary Clinton 'chocada' e Obama 'enojado' com caso Harvey Weinstein

Agência Estado
13 out 2017 às 09:05

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- Darren McGee/Fotos públicas
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A candidata à presidência dos Estados Unidos em 2016, Hillary Clinton, declarou na terça-feira, 10, estar "chocada e consternada" com as revelações acerca do produtor Harvey Weinstein, enquanto o ex-presidente Barack Obama afirmou que ele e sua esposa, Michelle, estão "enojados" com a situação. Weinstein enfrenta uma série de acusações de abuso sexual e assédio por parte de alguns dos maiores nomes de Hollywood.

O produtor tem sido um dos maiores doadores do Partido Democrata - Weinstein e sua família doam ao partido desde 1992. A reportagem explosiva do jornal New York Times, publicada na semana passada, e os depoimentos que se seguiram à publicação forçaram os congressistas a doar milhares de dólares recebidos de Weinstein para organizações de caridade.

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A pressão também fez com que Clinton e Obama se manifestassem em relação aos casos. Em uma declaração publicada no Twitter na última terça-feira, Clinton disse estar "chocada e consternada" e afirmou que "o comportamento descrito pelas mulheres que estão trazendo os casos à tona não pode ser tolerado. A coragem delas e o apoio de outros é fundamental para acabar com este tipo de conduta". Os Obamas lançaram uma declaração dizendo: "Qualquer homem que degrada as mulheres dessa maneira precisa ser condenado e responsabilizado, independentemente da riqueza ou do status. Devemos celebrar a coragem das mulheres que se apresentaram para contar essas histórias dolorosas. E todos nós precisamos construir uma cultura, capacitando nossas meninas e ensinando decência e respeito aos nossos meninos, para fazer com que este comportamento seja menos comum no futuro".

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Na última terça-feira, o líder da Casa Democrata Nancy Pelosi também se manifestou em relação ao caso. "As notícias sobre os inúmeros assédios de Weinstein contra mulheres e os claros esforços que ele fez para intimidar suas vítimas até silenciá-las são chocantes. Suas ações violam qualquer padrão de comportamento aceitável", escreveu o democrata. "Qualquer homem que desrespeite e ataque mulheres deve ser responsabilizado". Nenhuma das declarações mencionou as doações de Weinstein ao partido Democrata.

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As atrizes Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie afirmaram ter sido assediadas por Weinstein ao jornal The Times na última terça-feira. Separadamente, três mulheres acusaram Weinstein de estupro em uma matéria publicada pela revista The New Yorker. Entre elas, está a atriz italiana Asia Argento e uma mulher que era universitária aspirante a atriz quando atraiu a atenção de Weinstein. Um representante do produtor negou veementemente as acusações.


O jornal The New York Times reportou na semana passada que Weinstein fez acordos com ao menos oito mulheres para evitar denúncias de assédio sexual. No domingo, o produtor foi demitido da sua própria companhia, Weinstein Co.


Democratas e Hillary Clinton têm sido os principais beneficiários da generosidade da família de Weinstein, que doou US$ 200 mil para as contas da campanha do Senado do partido, US$ 23.200 para o senador da campanha da Câmara e US$ 46.350 para Hillary Clinton e HILLPAC, um comitê utilizado por Clinton para apoiar outros Democratas. Os números incluem contribuições atribuídas a Weinstein, à primeira esposa Eve Chilton e a atual esposa, Georgina Chapman, de acordo com o Centro de Política Responsável.

Weinstein e Chapman também doaram US$ 10.000 para o presidente Barack Obama. Weinstein visitou a Casa Branca durante a presidência de Obama e ajudou a produzir uma oficina de cinema em 2013, situação na qual a primeira-dama Michelle Obama descreveu-o como um "ser humano maravilhoso, um bom amigo e uma grande potência". (AP)


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