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No Teatro Ouro Verde

Festival de Dança de Londrina apresenta uma das “cinco mil explicações” para o amor

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
07 out 2023 às 13:30

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- Divulgação
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“Sim, o mundo está absurdamente esquisito. Já ninguém confia nas imposições dos prefeitos, a esta hora na terra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero”.  


O texto “Fevereiro”, da poeta portuguesa Matilde Campilho, é o ponto de partida para o espetáculo “Mercúrio”, atração do Festival de Dança de Londrina na noite deste domingo (dia 8), às 20 horas, no Teatro Ouro Verde. 

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Idealizada pelo bailarino Luiz Oliveira, integrante do elenco do Balé da Cidade de São Paulo, e coreografada pelo renomado Henrique Rodovalho, a montagem trata de encontros, de desencontros, de amor e de coragem. 

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“Por meio do poema declamado pela própria autora, o espetáculo é instigado, é provocado a existir e a ser exposto. A obra em cena, uma dança de corpos e de intenções múltiplas sobre uma relação de amor com suas leituras e possibilidades de existências, se revela pelos próprios intérpretes, os bailarinos Irupé Sarmiento e Luiz Oliveira, e também pelos olhos externos de quem observa e, por vezes, se envolve”, explica Rodovalho.

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Contemplado pelo edital ProAC Dança e Performance / Criação de Espetáculo Inédito, a ideia desse duo surgiu de um questionamento de Luiz Oliveira: “Como encontrar o ritmo quando tudo aparente, certo e fixo sai do eixo?”. 


Em meio à pandemia da covid-19, as palavras do texto  ecoaram como um convite para a invenção de um novo lugar onde seu corpo deseja estar e se mover. 

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“Naquele momento, o poema se revelou um respiro em meio ao caos. Não há rimas, mas tudo se encaixa. Tive vontade de criar e de poder enxergar a possibilidade de um lugar não comum, onde amores são possíveis, onde o vento sopra no rosto, onde a beleza abraça e nos dá a possibilidade da esperança”, revela o bailarino e idealizador do projeto. 


“Hoje, nesse momento do País, parece que o poema nunca foi tão necessário”, completa.

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METÁFORA DO AMOR


Em uma de suas passagens, o poema apresenta a imagem dos antigos termômetros de vidro, que, quando se quebram, o elemento químico mercúrio se multiplica em várias formas e tamanhos. Para a autora, essa deve ser uma das “cinco mil explicações” para o amor. 

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Assim, a montagem não tem a pretensão de definir um amor entre duas pessoas, mas de colocar a busca necessária de existência deste e as suas cinco mil explicações. A coreografia de Henrique Rodovalho busca um lugar entre o gesto e o movimento, a dança e as suas inúmeras formas de se multiplicar, tal qual o amor.

 

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Já a iluminação, acompanhando os bailarinos, usa a imagem das formas flutuantes do elemento químico que dá nome ao espetáculo. Da mesma forma, as cores do figurino, ora opacas, ora reflexivas, remetem ao seu cinza-prateado e reflexivo.


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SERVIÇO

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“Mercúrio” - Luiz Oliveira e Irupé Sarmiento (São Paulo – SP)

Data: 8 de outubro (domingo)

Horário: às 20h

Local: Teatro Ouro Verde (rua Maranhão, 85)

Classificação indicativa: 14 anos


Ingressos para espetáculos: R$20 e R$10 (meia-entrada)

Vendas on-line: plataforma Sympla

Vendas presenciais: Teatro Ouro Verde (eua Maranhão, 85), a partir do dia 7 de outubro

Horário de funcionamento: das 16 horas até o início do espetáculo

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