Representantes do Fórum das Entidades Culturais de Curitiba e do Fórum de Cultura do Paraná protocolaram uma carta aberta ao prefeito Cássio Taniguchi. No documento, a classe artística intitula como imprópria a nomeação do empresário Cássio Chamecki para a presidência da Fundação Cultural de Curitiba.
Os artistas pedem ainda que haja total transparência na atual gestão da Fundação Cultural de Curitiba. Entre outras reivindicações está a nomeação de pessoas da classe artística para a equipe de Chamecki. "Não queremos que ele promova novamente a exclusão da comunidade cultural e artística de Curitiba", resume Luiz Ahthur Montes Ribeiro, integrante do fórum.
Outro trecho da carta aberta diz que "gera profunda insegurança em toda a nossa comunidade ter na presidência da Fundação Cultural pessoa que desvalorizou e excluiu artistas, técnicos e produtores curitibanos, de reconhecido talento e capacidade de trabalho, na realização e programação do Festival de Teatro de Curitiba".
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A maior indignação da classe, entretanto, é o fato do sócio de Cássio Chamecki, Vítor Aronis, se manter a frente da empresa Calvin Entretenimento, que continuará fazendo o Festival de Teatro de Curitiba com o patrocínio da prefeitura. "Isto é antiético, ilegal e imoral", declara Montes Ribeiro.
O ator, diretor e líder da comunidade cigana Cláudio Iovanovich, que participa da área cultural paranaense há 20 anos, diz estranhar que "o apoio oficial venha apenas para alguns". Ele questiona itens como "transparência, concorrência desleal e tráfico de influências", quando se refere à Calvin e à Ápice, que já tiveram como sócios o atual presidente da Fundação Cultural de Curitiba e a ex-secretária da Cultura, Lúcia Camargo.
Tais questionamentos estão relatados na carta, no item que diz que "a Ápice/Calvin declarou que permanecerá se beneficiando de recursos públicos geridos pela Fundação Cultural de Curitiba, instituição dirigida por sócios, ainda que no momento afastados da mesma. Isto, no mínimo, coloca sob suspeita sua isenção".
Para encerrar o documento, o Fórum das Entidades Culturais de Curitiba e o Fórum de Cultura do Paraná declaram que "não aceitarão que as práticas acima descritas sejam implantadas na Fundação Cultural, motivo pelo qual gravam as nomeações em pauta como impróprias, informando que, para contribuir com a transparência preconizada por vossa excelência, estarão acompanhando atentamente esta gestão".
Leia mais em reportagem de Simone Mattos, na Folha do Paraná desta quarta-feira