Ao som das bandas Sambô e Juízo, o Carnaval de rua de Cornélio Procópio voltou a reunir milhares de pessoas no domingo à noite, atrás do trio elétrico.
Com uma performance precisa, o vocalista da banda Sambô, o San, entusiasmou o público. Além da voz potente, acompanhada por um trio de primeira, a escolha do repertório variado fez a cabeça de novas e velhas gerações que dividiram igualmente o espaço da avenida madrugada adentro.
De Adoniran Barbosa a Jorge Ben, de Alceu Valença a Tim Maia, San cantou tudo o que o brasileiro gosta de ouvir com uma alegria que não se arrefeceu em cerca de três horas de show. A banda deu ao público não apenas músicas de sucesso, mas hits, como explica Jorge Ben quando fala de seu repertório. E hit não sai de moda, fica e, a cada vez que se ouve, gruda. Diante disso, ninguém ficou parado, a ordem era cantar, dançar e se divertir.
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Brincando com o público que se concentrou na Avenida XV de Novembro, San, que nas redes sociais é conhecido como @sandami - um reconhecimento à importância da avó Mí, como ele contou ao público - conquistou de vez os foliões quando saiu do trio elétrico e pulou para dentro do coreto onde centenas de pessoas também curtiam o Carnaval. Aplaudido, ele ficou por alguns minutos ali sambando, até voltar ao seu território natural, em cima do trio.
Enquanto os foliões ainda se recuperavam da surpresa, ele criou outra: com padeiro na mão, em cima do trio para todo mundo ver, deu um show de mestre, jogando o instrumento para cima, para baixo, pros lados, correndo sobre os braços numa performance que durou alguns minutos, enquanto entre o público se ouvia: "O cara é bom!" O cara é bom!"
Depois da apresentação do grupo Sambô, a sessão musical - até a apresentação da Banda Juízo na segunda parte da festa - foi à base de funk e, aí, mais uma surpresa: os procopenses improvisaram coreografias mostrando que não gostam apenas de samba. Nesta terça-feira (13) quando o Bonde do Tigrão animar a última noite de Carnaval na cidade dá pra imaginar a reação do público trazendo suas próprias feras para a avenida.
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