A cineasta Leni Riefenstahl, uma das últimas personalidades da Alemanha nazista ainda viva, completa 101 anos nesta sexta-feira. Neste ano ela não poderá fazer festa pois, segundo informações de sua assisnte, está doente.
No ano passado, na comemoração do seu centenário, Leni lançou um documentário filmado dentro do mar e sofreu ameaças de um processo. Ela teria mentido sobre o destino de ciganos que tirou de um acampamento nazista para usar como figurantes no filme "Tiefland", de 1940. Um grupo de ciganos acusou a cineasta de ter negado o Holocausto ao afirmar que nenhum dos ciganos do filme teria morrido nos campos. De acordo com os ciganos, Leni não teria impedido que os figurantes voltassem aos campos onde acabaram morrendo.
Riefenstahl teve fama pouco antes e durante o nazismo, mas foi hostilizada depois do fim da segunda guerra. Em 1930, ela recebeu prêmios nos festivais de cinema de Paris e Veneza pelo documentário "O Triunfo da Vontade", que procura destacar a grandiosidade coreografada do comício do Partido Nazista em Nurembergue em 1934.
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Em 1936 Leni produziu por encomenda o filme oficial das Olimpíadas de Berlim em 1936. Com "Olympia", ela introduziu o uso de técnicas como a montagem da câmera sobre carros elétricos sobre trilhos para acompanhar as corridas.
Depois da guerra, Riefenstahl negou qualquer envolvimento com o Partido Nazista e negou também boatos que diziam que ela teria um caso com o ditador Alemão. Ela admitiu, no entanto, que admirava Hitler e que tentou um encontro com ele em 1932.
Depois da derrota da Alemanha na segunda guerra, Leni foi presa sob acusação de ter ajudado a máquina da propaganda nazista. Ela praticamente desistiu de sua carreira como cineasta e virou fotógrafa. Seus livros sobre a tribo Nuda do sul do Sudão foram bastante elogiados. Ao 72 anos, Riefenstahl aprendeu a pratucar mergulho submarino o que levou à produção do documentário lançado no aniversário do ano passado.