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Compilação de linguagens

Nelson Sato - Folha de Londrina
14 jan 2005 às 11:54

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Os textos gravitam em torno da música, com ênfase no rock e suas ramificações. O livro ''Rio Fanzine - 18 Anos de Cultura Alternativa'' (Record) chega às prateleiras imortalizando matérias publicadas originalmente na coluna semanal homônima do jornal carioca O Globo.

A compilação segue ordem cronológica trazendo entrevistas, reportagens, artigos e resenhas todos assinados por Tom Leão e Carlos Albuquerque. O livro abre com um texto sobre fanzines e fecha apostando as fichas na banda nova-iorquina Scissor Sciters, revelação do ano passado.

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O panorama enfocado é extenso, registrando tendências no momento de sua emergência. As bandas de Brasília, a gestação do hip hop nacional, o surgimento do sampler, o metal farofa, o nascimento do grunge em Seattle, o estouro da indie dance britânica, o movimento straight edge, a explosão da música eletrônica, o Air Guitar e o MP3 são alguns dos assuntos que desfilam pelas 276 páginas do volume.

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Há ainda entrevistas com Echo & The Bunnymen, Kyuss, Siouxsie Sioux, Husker Du, Stevie Ray Vaughan, Sonic Youth, Stereolab e uma infinidade de outros artistas e bandas. Embora seja o assunto dominante, a música divide espaço com matérias dedicadas ao cinema, desenhos animados, quadrinhos, artes visuais e manifestações da juventude como a violência dos pit-boys.

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''Rio Fanzine'' foi criada em 1986 por Ana Maria Bahiana, figura legendária do jornalismo pop brasileiro. No texto de apresentação, ela assinala que a intenção na época era ''experimentar o ritmo de novas linguagens, o alcance de um outro tipo de informação, seguir bússolas intuitivas, pegar o pulso das ruas, flagrar o que ainda não estava inteiramente definido, capturar o fluxo mais do que o fato. E fazer tudo isso surfando uma onda muito poderosa, não nas margens, mas bem pelo centro''.


A coluna, na verdade, retomou uma tradição que remonta ao final dos anos 60 e começo dos 70 quando o jornalismo do gênero despontou no País repercutindo as manifestações da contracultura mundial. É provável que Luis Carlos Maciel e Torquato Neto (1944-1972) tenham sido os pioneiros através de suas colunas ''Underground'' e ''Geléia Geral'', publicadas respectivamente no tablóide Pasquim e no diário Última Hora.

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De lá para cá, com a descoberta do filão ''jovem'' pela mídia, boa parte dos jornais abriu espaço para experiências similares. A própria Folha Dois já abrigou as páginas ''Folha Jovem'' e ''QG'', contando atualmente com a coluna ''Pilha'' (publicada às sextas-feiras). O mérito do ''Rio Fanzine'' foi ter cavado uma brecha na década de 80, restituindo um espaço para a cultura dos porões num dos maiores jornais do País.


A coluna resiste sintonizado com as novas tendências do underground. O livro funciona como uma viagem no tempo permitindo observar o que vingou, o que foi absorvido pelo mainstream e o que permanece selvagem demais para ser domesticado. No prefácio do volume, Tom Leão e Carlos Albuquerque salientam que a proposta nunca foi brigar com a pauta diária do caderno de cultura, ''mas mostrar que existe um lado B, muitas vezes subestimado, e que também merece um mínimo de atenção''.


Entre as apostas bem-sucedidas, eles lembram as bandas Planet Hemp, O Rappa e o Skank, que foram destacadas na coluna antes de assinarem com as grandes gravadoras e lançar seus primeiros discos. Os textos sobre elas também constam no livro.


Serviço:
Livro ''Rio Fanzine 18 Anos de Cultura Alternativa''

Autores: Tom Leão e Carlos Albuquerque
Páginas: 272
Preço: R$ 34,90
Editora: Record (telefone: 21/2585-2000)


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