Um documentário sobre o gênio de Oscar Niemeyer abre oficialmente nesta terça-feira (22) o 38º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, única mostra de filmes exclusivamente realizados no País. A sessão de abertura acontece a partir das 20h30 no Cine Brasília, com apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, seguida da exibição de "Oscar Niemeyer, a Vida é Um Sopro", produção de São Paulo dirigida por Fabiano Maciel.
Conservador no melhor sentido, o Festival de Brasília, que está completando 40 anos (teve a trajetória interrompida nos seus primórdios pela ditadura militar), manteve praticamente inalterada sua estrutura durante estas quatro décadas. Sempre politizada e avidamente disputada pelas platéias mais jovens, a mostra brasiliense conseguiu este ano um feito inédito, atual utopia dos demais festivais brasileiros: montar uma seção competitiva de longas metragens absolutamente inéditos. E ao contrário de outros congêneres, o evento é avesso a badalações, tapetes vermelhos e folias de bastidores, privilegiando somente o debate em torno do cinema brasileiro.
Os seis títulos que concorrem aos troféus Candango são ''A Margem do Concreto'', documentário de Evaldo Mocarzel; ''O Veneno da Madrugada'', de Ruy Guerra; ''A Concepção'', de José Eduardo Belmonte; ''Depois Daquele Baile'', de Roberto Bomtempo; ''Eu Me Lembro'', de Edgard Navarro e ''Incuráveis'', de Gustavo Acioli. Do concurso de curtas metragens em 35mm participam 12 filmes selecionados, e na mostra de curtas em 16mm estão programadas 19 produções.
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Brasília é o festival que distribui maior volume de premiação em dinheiro. Este ano estão garantidos R$ 435 mil aos vencedores, além de diversos prêmios colaterais em serviços e equipamentos técnicos de imagem e som.
Há uma intensa programação paralela, com debates sobre os filmes concorrentes, mostras de filmes e vídeos, lançamentos de livros e homenagens.
No júri oficial de longas, além do presidente, o cineasta Sylvio Back, estão o roteirista Di Moretti , a atriz Simone Spoladore, o jornalista e professor Inimá Simões, os documentaristas João Jardim e Érika Bauer e o crítico Luiz Carlos Merten.
Informações cedidas ao Bonde por Carlos Eduardo Lourenço Jorge, crítico de cinema.