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Liberdade coreografada

Redação Bonde
14 nov 2006 às 11:07

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O Grupo Cena 11 Cia. de Dança, de Florianópolis, realiza nesta sexta-feira, 17 de novembro, às 21 horas, única apresentação do espetáculo 'Skinnerbox' no Guairinha. No palco, nove bailarinos e uma cadela vão apresentar uma coreografia assinada pelo coreógrafo e diretor artístico da companhia catarinense, Alejandro Ahmed.

Ele esclarece que a montagem propõe uma pergunta sobre comportamento e liberdade, formulada para que a resposta possa ser investigada através dos corpos que a tornarem dança. "Em Skinnerbox a Liberdade se revela num modo de operar, um jogo em que regras são criadas para solicitar ao corpo seu modo de jogar", define.

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O nome Skinnerbox tem origem numa caixa criada por um cientista que estudava o comportamento de animais em laboratório. Ahmed explica que a partir do sentido etimológico desta palavra - uma caixa onde são colocadas cobaias para experiência científica de condicionamento - o espetáculo surge como paradoxo dessa proposta, com uma montagem coreográfica com o foco voltado para o comportamento. "Ele tem a idéia da liberdade como algo que acontece estruturada em cima de disciplina e regra", conta.

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Uma curiosidade desta montagem é a presença da cadela Nina, da raça Border Collie, que faz parte do elenco. Esse trabalho com um cachorro em cena é pioneiro no Brasil. "São nove bailarinos em cena e uma cadela – que é uma bailarina da companhia. Ela faz parte da coreografia", adianta o diretor.

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Ahmed diz que além da Nina e dos bailarinos, participam do espetáculo outros corpos que são elementos como trilha sonora, objetos de cena e pequenos robôs. "Não há nada melhor ou mais valioso que o outro dentro do Skinnerbox, mas nós respeitamos as especificidades de cada um. Nós procuramos fazer com que as regras de relacionamentos entre esses corpos façam com que eles reconheçam a natureza um de outro, e partir daí possam se modificar para poder lidar com essas diferenças. No fundo a gente reconhece as regras para poder ser livre. Essa é a proposta".


Sobre o cenário, Alejandro Ahmed adianta que este espetáculo é trabalhado com objetos de cena e o ambiente é composto com marcas no chão. "Tudo que a gente vai fazer está exposto e tanto nós quanto as outras pessoas que estejam ali, possam de alguma forma lidar com as suas regras que fazem o espetáculo acontecer. Nós vamos montando os objetos e construindo o espaço de acordo com as necessidades que cada cena propõe".

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Segundo o coreógrafo isso também vale na hora de utilizar a tecnologia, usada apenas como extensão do corpo ou complementação da cena. "As câmeras utilizadas são por controle remoto e funcionam como uma extensão do olho do espectador e do nosso para de novo criar regras que nos façam agir de acordo com os parâmetros propostos na apresentação".


Para o coreógrafo todo o espetáculo de dança e artes cênicas – "por acontecer ao vivo e pelo tipo de material que a dança se propõem a trabalhar" - sempre se organiza de uma nova maneira cada vez que se apresenta.

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"Isso é natural. No Skinnerbox tivemos mudanças consideráveis. E, além de uma mudança de elenco, nós tivemos mudanças estruturais na coreografia, envolvendo tecnologia, que foi marcante. E o próprio amadurecimento que todos temos com a própria obra e criar um entendimento mais orgânico".


Assim, o público poderá observar um aprimoramento do espetáculo que mantém as características originais das primeiras apresentações. A evolução pode ser percebida em todos os setores: nas novas tecnologias utilizadas em cena, nos figurinos e no próprio elenco do Grupo, que mudou desde sua estréia, no final de março de 2005 em Berlim e Florianópolis.


Skinnerbox encerra um importante ciclo na trajetória do Grupo Cena 11 ao mesmo tempo em que direciona novos objetivos baseados na responsabilidade advinda do processo que gerou essa criação. "Esse espetáculo é o mais maduro da companhia, pelo fato das escolhas estéticas que a gente fez. Com Skinnerbox fica muito claro que nós somos uma companhia de investigação e pesquisa que está em constante desenvolvimento, e os espetáculos mostram um ponto disso. Cada vez mais nós direcionamos a pesquisa de dança e tecnologia, de investigação, com o corpo para que a gente possa produzir elementos independentes do espetáculo como instalações e workshops", finaliza Ahmed.

Serviço:
Skinnerbox
Espetáculo com o Grupo Cena 11 Cia. de Dança Companhia de Florianópolis, sob direção artística e coreografia de Alejandro Ahmed

Data: 17 de novembro, sexta-feira (única apresentação)
Horário: 21h
Local: Teatro Guaíra - Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha)
Endereço: R. XV de Novembro, s/nº
Ingressos R$20 e R$10 (meia-entrada)
Duração do espetáculo: 1h30.


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