O escritor gaúcho Moacyr Scliar, de 66 anos, tomará posse às 21h da Cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras e será saudado pelo acadêmico Carlos Nejar, também gaúcho. Em seu discurso, Scliar pretende fazer um paralelo entre Minas Gerais, estado de seu antecessor Geraldo França de Lima, e o Rio Grande do Sul. Os dois estados, segundo o escritor, estão fora do eixo Rio-São Paulo mas têm grande vitalidade no campo da literatura.
O papel do movimento popular na ocasião de sua eleição também será destacado no discurso: "Vou falar sobre o que significaram as manifestações entusiásticas da população do Rio Grande do Sul. Isso foi essencial para minha entrada na Academia. Eu não pensava em me tornar imortal, o movimento popular espontâneo foi um estimulante."
Com base nisso, Scliar disse que vai propor maior proximidade da ABL com o povo. "Uma forma de isto acontecer é através do entrosamento com as instituições culturais que existem nos estados, por exemplo. De uma maneira geral, as academias giram em torno de um certo grupo, mas isso está ultrapassado, é um modelo antigo."
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Moacyr Scliar virou celebridade no Rio Grande do Sul desde que se tornou um imortal. "As manifestações de carinho não param, principalmente no meu estado. Não houve um dia sequer, desde que eu fui eleito, sem homenagens. Isso é ótimo, mas eu preciso voltar a trabalhar", diz em tom de brincadeira o autor de 62 livros que também é médico especialista em Saúde Pública. Seu último trabalho publicado é "Saturno nos Trópicos".
Fonte: Agência Brasil (ABr)