Primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, onde ocupava a cadeira número 5, para a qual foi eleita em 4 de agosto de 1977, Raquel de Queiroz sofrera recentemente um acidente vascular cerebral e morreu dormindo.
A professora, jornalista, romancista, cronista e teatróloga Rachel de Queiroz nasceu em 17 de novembro de 1910 em Fortaleza, no Ceará. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1917 para fugir da seca de 1915, que posteriormente seria tema de "O quinze", primeiro e mais célebre livro da romancista, que narra o drama dos flagelados da seca e a pobreza dos nordestinos.
Rachel começou a escrever em jornais no ano de 1927, com o pseudônimo de Rita de Queluz. No jornal "O Ceará", a escritora publicou poemas modernistas, influenciada pela Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1930, publicou o romance "O Quinze", que teve grande repercussão no Rio e em São Paulo.
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Em 1992, Rachel publicou o romance "Memorial de Maria Moura". Com ele, a escritora recebeu diversos prêmios, como o Romance do Ano conferido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, o Intelectual do Ano, conferido pela União Brasileira de Escritores e por fim, o Prêmio Camões, concedido em Lisboa para o melhor autor do ano em língua portuguesa.
Na política, a escritora participou da campanha que levou à derrubada de Getúlio Vargas em 1945 e ajudou nas articulações do golpe de 1964, que depôs João Goulart.