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O cinema nacional pede espaço

Elisa Marilia Carneiro - Folha do Paraná
15 mai 2001 às 08:34

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Um dos temas que começaram a ser discutidos ontem na abertura do 5º Festival de Cinema, Vídeo e DCine de Curitiba foi a política governamental que envolve a produção cinematográfica. Comum aos países latino-americanos, a dificuldade de distribuição anda paralela à invasão cultural a que as culturas dos países que não sejam européias ou norte-americanas estão submetidas.

Ontem o público do festival assistiu a duas grandes produções. Além do curta-metragem "Quatro Amigos Numa Mesa de Bar Falando de Amor", de Gilberto Baroni, foram exibidos "Pantaleon y las Visitadoras", do peruano Francisco Lombardi e "Condenado à Liberdade", de Emiliano Ribeiro, inédito no circuito comercial.

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Num debate entre a coordenadora da Filmoteca de Lima (Peru) Norma Rivera, o diretor brasileiro Emiliano Ribeiro e o produtor uruguaio Sérgio Miranda, que trouxe quatro curtas para a Mostra Latina, ficou claro a necessidade de os países latino-americanos unirem forças para promover um intercâmbio entre as cinematecas e pressionar os exibidores a valorizarem as produções desses países.

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"De 1972 a 92, no Peru, havia uma lei que destinava 3% de todas as bilheterias para o cinema peruano. Além disso as salas comerciais eram obrigadas a exibir curtas em todas as sessões. Mas hoje nada disso vigora mais. Os produtores de cinema têm de entrar no mercado em condições de igualdade e negociar diretamente com os exibidores. Claro que é uma batalha desigual e estamos chegando perto de assistir à morte do cinema peruano", afirma Norma.

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Mas em todo país que tem um povo sofrido há sempre um grande nome que tira leite de pedra. No Peru é Francisco Lombardi, diretor vencedor de prêmios internacionais como os de Cannes, Berlin e Trieste. Com o filme "Não Digas Nada a Ninguém", só no Peru a bilheteria bateu o recorde de 600 mil espectadores. "Pantaleon" está indo pelo mesmo caminho.


Segundo o diretor Eniliano Ribeiro, o cinema tem uma relação direta com a auto-estima do povo. "Nós mesmos nos consideramos um povo de segundo plano. Para os brasileiros lugar de ganhar dinheiro é Miami, de fazer compras é Nova York e uma bela cidade é Paris. Por tudo isso, não temos a nossa imagem nas telas, mas a imagem de um outro povo, outra cultura, outros conceitos e valores", analisa.


Para mostrar a nossa cara, Ribeiro está programando começar a filmar "Brasil? Só Rindo", um documentário com a cara de Brasília. "Vou mostrar como o jeitinho e a cultura do Carnaval nos protegem de uma grande tragédia que é a pior divisão de renda do planeta", adianta.

Esquentando as máquinas, Ribeiro lançou ontem um Curitiba o seu "Condenado à Liberdade", que conta a história de um casal da alta burguesia brasiliense. O filme começa com um quadro de clássico homicídio seguido de suicídio desmentido pelo laudo pericial que indica claramente um assassinato ou queima de arquivo.


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