O estabelecimento de políticas prioritárias de governo e investimentos maciços são as duas premissas que o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Jorge Werthein, considera essenciais para elevar a posição do país, no contexto internacional, nos campos da educação, da ciência e da cultura.
Werthein avaliou que houve avanços importantes no país no setor da educação, com incremento significativo de matrículas, tanto no 1º grau como no 2º grau. Ele fez um alerta, entretanto, sobre a qualidade do ensino: "Continuamos enfrentando um problema que se arrasta há décadas, que é a baixa qualidade do ensino".
O especialista da Unesco disse que este é o problema central no Brasil, cujos resultados são negativos porque, se de um lado o país alcançou uma matrícula quase universal no ensino primário, ainda enfrenta, de outro lado, repetências e abandonos bastante expressivos. "Temos 59% das crianças brasileiras em escolas públicas que terminam a 4ª série e não conseguem ler", observou.
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"Felizmente, vimos que o Ministério da Educação, através do ministro Cristovam Buarque, priorizou o problema e centralizou os esforços em lograr uma qualidade de ensino adequada às necessidades e realidade do Brasil. Isso significa concentrar-se maciçamente, com grande prioridade, na formação e capacitação de professores. Esse é o problema central no Brasil, mas está bem encaminhado", afirmou Jorge Werthein.
Informações da Agência Brasil