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Qualificação de professores é bem menor em escolas rurais

Agência Brasil
08 abr 2007 às 09:46
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Quase metade das mais de 200 mil escolas públicas brasileiras ficam em áreas rurais. Apesar de contar com quase o mesmo número de instituições que nas cidades, quando o assunto é qualificação de professores, a realidade no campo é diferente. Apenas 21% dos profissionais que dão aula de 1ª a 4ª série nas escolas rurais têm graduação, enquanto na cidade esse número aumenta para 56,4%.

De acordo com o coordenador-geral de Educação no Campo do Ministério da Educação, Antonio Marangon, essa diferença ocorre porque os professores se sentem desestimulados para trabalhar nas escolas rurais. Além do difícil acesso, outro problema apontado por ele é a remuneração dos docentes. "Na maioria das vezes, como o professor é municipal, acaba recebendo a mesma remuneração da cidade no campo. Como não tem concurso específico para professores do campo, o salário é igual."

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Segundo Marangon, a falta de qualificação dos professores se soma à falta de transporte para muitos alunos da área rural. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, as escolas rurais brasileiras - sejam na floresta, em reserva indígena ou em comunidade quilombola – passam por situações muitas vezes "dramáticas". De acordo com ele, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) deve trazer soluções para problemas como o do transporte escolar.

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Uma das propostas, explicou Haddad, é a criação de uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "a juros simbólicos, prazo longo e isenção completa de impostos, para que prefeitos e governadores possam renovar as frotas, comprar veículos mais adequados ao transporte".

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O ministro diz que um dos problemas é que, no país, ainda não há um padrão de veículo escolar. Haddad explica que o governo tem conversado com o setor industrial justamente para especificar um modelo nacional, como existe em países desenvolvidos.


"Nós queremos ter esse padrão de qualidade do veículo escolar no Brasil, seja o ônibus, no caso das regiões Sul e Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, seja o caso de um veículo próprio para a região Amazônica que garanta que a criança chegue no menor espaço de tempo possível à escola. Muitas vezes, essa viagem hoje com o que está disponível, leva até duas, três ou quatro horas", explica o ministro.

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Outra medida prevista no PDE está ligada diretamente à qualificação dos professores. Segundo o ministro, o plano prevê que as universidades federais assumam a responsabilidade pela formação dos professores da educação básica, por meio do programa Universidade Aberta do Brasil.


"Trata-se de um pólo mantido pelo prefeito ou pelo governador, que vai atender os professores, sobretudo os professores em serviço, além de formar novos professores, porque há regiões do país onde há déficit de professores, sobretudo nas áreas de química, física e biologia, no ensino médio, da 5ª à 8ª série. A universidade federal vai colocar todo o seu aparato à disposição para oferecer cursos superiores, nas áreas de licenciatura, pedagogia e, para aqueles professores já formados, nas áreas de administração, mestrado ou doutorado".

O ministro destaca que, dessa maneira, "o professor vai estar necessariamente vinculado a uma universidade por toda a sua vida profissional e, a cada período, pode ser de três ou quatro anos, ele retorna ao banco escolar para uma atualização".


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