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Secretária da Cultura quer interiorização da pasta

Zeca Corrêa Leite - Folha do Paraná
16 nov 2000 às 10:04

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Dois anos pela frente - esse é o desafio que espera a nova secretária de Estado da Cultura, Monica Rischbieter. Nesse prazo ela terá que colocar sua marca administrativa na pasta deixada por Lúcia Camargo, que passou por todas as instâncias culturais da capital. Em entrevista exclusiva à Folha Dois, concedida no gabinete do Teatro Guaíra, onde atuou como diretora nos últimos anos, Monica falou de sua preocupação em relação ao patrimônio, da importância do Teatro Guaíra para o Paraná e daquilo que acredita ser "uma fantasia", mas que merece atenção: o incentivo à criação de salas de cinemas no interior.

Além desses pontos, tem ainda a ampliação do Comboio Cultural, que é a menina dos olhos do governador. Neste final de ano muito do tempo da secretária será absorvido pelo projeto, pois em 2001 a frota deverá contar com novos ônibus. Todas as artes serão contempladas. Haverá até mesmo sessão de cinema num dos veículos.

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Por sua atuação frente ao teatro, Monica Rischbieter participou de encontros regionais realizados em Faxinal do Céu, onde se reuniam representantes culturais de todo o Estado. Esses contatos serão agora de grande valia para seu trabalho. Soma-se a isso o posto de vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, para o qual foi eleita. "Tem muitas manifestações artísticas no Paraná que são maravilhosas. Eu tenho que pôr a mão na massa", afirmou.

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Cuidadosas nas declarações, não quis detalhar projetos futuros, mas garantiu que algumas metas serão prioritárias. Como a restauração do Museu Paranaense, prédio histórico do início do século que está expondo os desgastes do tempo. O Teatro Guaíra é outro que apresenta problemas de envelhecimento e precisa de modernização para atender a demanda das solicitações. Ele, enfim, é um "centro incentivador de arte", na definição da secretária. Também espaços localizados no interior deverão ser eleitos como prioritários para a restauração.


A interiorização é um dos pontos a ser tocados de forma imediata por Monica. "Vou conversar com as pessoas que trabalham e estão trabalhando na área, para ver como conduzir esse processo", frisou. Mecanismos para isso existem, como as regionais de cultura. Porém, com as últimas eleições municipais, diversos nomes serão mudados, mas há uma organização já criada. "É muito fácil ter na mão a demanda desses lugares", comentou. Para ela uma das questões fundamentais é o incentivo, como frisou:

- A gente tem que trabalhar em cima do que eles precisam. Temos inúmeros festivais, temos circos, artes plásticas. Acho que essas coisas precisam ser estimuladas; devemos ter o carinho de não interferir, só ajudar. A manifestação cultural é bonita quando ela brota, é espontânea. Gostaria muito de viajar com a orquestra sinfônica pelo Paraná, como viajamos este ano com o ballet. Temos um grupo maravilhoso de dança em Campo Mourão, o festival de londrina que é bárbaro. Acho que todas essas coisas fazem do Paraná um estado culturalmente rico. Acho que é só sair pincelando por aí, porque o resto está feito.


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