A família de Ziraldo está preparando uma festa surpresa para o cartunista que vai reunir mais de 300 pessoas. Apesar do número de convidados, Ziraldo garante que será um evento ''intimista''. Tudo para comemorar os 70 anos do ''pai'' do Menino Maluquinho, a Turma do Pererê e outros personagens que fazem a festa de crianças e adultos brasileiros há mais de quatro décadas.
Quando Ziraldo lembra da idade que completa nesta quinta-feira, fala com seu sotaque mineiro: ''Ai meu Deus, ao mesmo tempo que é fantástico chegar até aqui, passou depressa demais. Fico besta em lembrar das coisas que fiz, mas ainda tem muito para fazer''.
Ele faz questão de deixar claro que não tem nenhuma frustração, mas ainda pretende viabilizar diversos projetos de vida, entre eles dirigir um filme. Conta, por exemplo, que algumas cenas do filme ''Menino Maluquinho'', dirigido por Helvécio Ratton, teria feito diferente. ''Olhando eu fico aflito, queria que fosse de outro jeito''. O desejo de filmar, diz, vem da própria experiência de vida. ''Sou um narrador com imagens, A charge é uma narrativa'', analisa comparando a prática com a do ''cara do cinema''.
Leia mais:
Aniversário de Londrina terá atrações culturais; confira a programação
Apresentação no aniversário de Londrina abre programação do Filo
Londrina é destacada como modelo de ecossistema referência no Brasil
Em Londrina, primeira edição do Fiil debate futuro da inovação
Mas por enquanto, o desejo de estar frente a uma produção pode ter que esperar, tamanho são os projetos desse artista multicultural. Ele dá prioridade, por exemplo, a viabilizar economicamente o Pasquim, jornal que surgiu depois da morte quase que por assassinato da revista Bundas. Para quem não lembra ou não leu (e não sabe o que está perdendo), a Bundas era editada por Ziraldo com contexto político e bem-humorado, mas acima de tudo, inteligente. Enfim, uma raridade que se foi por causa da falta de recursos.
* Leia mais na edição desta quinta-feira de Folha de Londrina