Insatisfeito com a gestão do futebol brasileiro, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, aproveitou uma reunião entre dirigentes dos principais clubes do Brasil no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, para retomar a discussão sobre a criação de uma liga nacional e pedir independência em relação à CBF.
Ele garantiu que não se trata de um novo "Clube dos 13" e insistiu que a liga não seria um "novo torneio". Mas apontou que chegou a hora de os clubes brasileiros "se unirem". "A CBF não nos representa", afirmou. "A CBF precisa organizar a seleção. O resto não", declarou.
O encontro tratou de temas como incentivos fiscais aos clubes e uma coordenação para voltar a dar projeção ao Campeonato Brasileiro. "Vamos fazer uma liga", disse. "Mas não um novo campeonato. O que precisamos é conversar e ter projetos comuns", declarou.
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Um dos pontos principias é o uso do Timemania, loteria criada pelo governo federal para ajudar os clubes. "Vamos conversar sobre o fortalecimento dos clubes, sobre endividamento. Todos estão endividados e o valor chega a R$ 2 bilhões", afirmou o dirigente, que pretende pedir um encontro com a presidente Dilma Rousseff. "Temos de encontrar alternativas", insistiu.
Aidar, porém, alertou que o governo não pode usar essas iniciativas para "fazer discurso político". "Ou o governo abre mão de tributação ou a Timemania nunca vai ser a solução", afirmou. Ele ainda ameaçou. "Se os clubes saírem às ruas dizendo que o governo não ajuda o futebol, são milhões de votos jogados fora. Chegou a hora de os clubes falarem alto", atacou.