A ala/armadora Karla Cristina Martins da Costa, 22 anos, saiu da quadra do Ginásio Ney Braga, em São José dos Pinhais, após a vitória sobre o Vasco, como uma das atletas mais festejadas pela torcida. Karla entrou no jogo quando o Paraná Basquete passava por momentos difíceis e com suas cestas de três pontos equilibrou o marcador, sempre ameaçado pelo Vasco.
Antes de chegar ao time paranaense e ter seu nome gritado pela torcida, Karla precisou, aos 15 anos, viajar mais de 2 mil quilômetros e sair de Brasília (DF), sua cidade natal, para fazer testes na equipe da Ponte Preta, em Campinas (SP).
"Comecei a jogar basquete no time do Vizinhança. o mesmo em que jogaram Pipoca e Oscar, da seleção", lembra Karla, que sempre admirou o basquete praticado pela dupla Hortência/Paula. Depois desse início, Karla participou de uma "peneira" com outras 400 meninas e conquistou uma das duas vagas disponíveis na equipe.
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Mesmo assim permanecer na equipe só foi possível graças aos pais Wagener e Nanci Costa. "Como eu não recebia nada do clube, o apoio deles foi fundamental para prosseguir na carreira", lembra a atleta, que somente dois anos depois começou a receber transporte e alimentação da Ponte.
Campeã pela seleção brasileira juvenil no Panamericano do México em 1997, Karla foi campeã brasileira e paulista. "Queremos ganhar mais esse título (nacional), e para isso temos colocado a vontade acima de tudo", afirmou Karla.