Contra China e Iraque, o Brasil jogou sem centroavante e fez 14 gols. Ainda que os adversários fossem frágeis, a formação mostrou resultado. Nesta quinta, com Kaká, Oscar, Neymar e Hulk, a seleção fez seis no Iraque, mostrando bastante movimentação no campo de ataque. Todos trabalharam como garçons e também como finalizadores e cada um fez pelo menos um gol (Oscar marcou dois). Até Lucas, que substituiu Kaká, fez o seu.
"São variações que o professor Mano está fazendo. É uma boa, todo mundo se movimenta. Todo mundo vira centroavante e pode fazer gol", analisou Neymar, satisfeito com o desempenho da seleção em Malmoe, na Suécia, e mirando uma evolução com o tempo. "Falta um pouco de entrosamento, mas vai melhorar. Foi maravilhoso, mas pode melhorar ainda mais."
Kaká, que sequer conhecia pessoalmente Neymar, por exemplo, e também nunca havia atuado com Oscar ou Hulk, aproveitou o adversário frágil para se adaptar ao time e ao esquema: "Levei o jogo muito como um treino, fazendo tudo da melhor forma possível, para jogar bem e estar bem. Daqui para frente, é só melhorar", disse ele, aprovando a atuação brasileira. "Foi uma forma de jogar que o professor Mano testou e deu certo."
Leia mais:
Palmeiras tenta tirar Brasileiro 'praticamente definido' do Botafogo
Londrina EC marca jogo contra o Maringá em Alvorada do Sul
São Paulo pode devolver Jamal ao Newcastle e abrir 2025 com só um lateral
'Corroendo por dentro', diz Gabigol sobre sofrimento com Tite no Flamengo
A nova formação tática da seleção brasileira tem dois organizadores de jogo: Oscar e Kaká. Apesar das desconfianças, os dois mostraram nesta quinta que podem jogar juntos. "Tenho o costume de entrar na área. O Kaká também teve chances. É bom a gente ir trocando, está dando certo assim", comentou Oscar, ainda no intervalo.
Mas não foram só os jogadores que aprovaram o quarteto. Mano também gostou do esquema sem centroavante, que proporcionou 14 gols nos últimos dois jogos. Ele mesmo lembra, porém, que os adversários - China e Iraque - não apresentavam grande perigo. Por isso, reforça que a opção por atuar com um homem de área segue em pauta.
"Você não pode abrir mão de um homem de referência em determinados momentos. Nem sempre você consegue resolver assim, só com movimentação, infiltração. Temos alternativas para isso quando precisar", garantiu Mano, citando Leandro Damião, Alexandre Pato, Luis Fabiano e até mesmo Fred, que não vem sendo convocado. "Certamente teremos jogadores com outras características no grupo da seleção."