Um dia depois de declarar que ele não renunciou de seu cargo na Fifa, o presidente da entidade, Joseph Blatter, garantiu que não continua no comando do futebol mundial e que novas eleições devem ocorrer no início de 2016. Para fazer o anúncio, Blatter escolheu um jornal de sua região, o Walliser Bote.
Segundo o homem que ficou 17 anos no comando da Fifa, sua decisão de sair da entidade foi "libertadora". Ele ainda explicou o motivo pelo qual optou por não continuar. "Essa era a única forma de tirar a pressão da Fifa e de meus empregados, inclusive a pressão de patrocinadores."
No dia 2 de junho, a reportagem da Agência Estado revelou que foram os parceiros comerciais da entidade que o pressionaram por uma saída, diante do risco de uma prisão. "Era remover a Fifa e eu pessoalmente da linha de fogo", explicou.
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O jornal de sua região, Valais, pediu para que Blatter declarasse "com a mão sobre o coração" sobre suas intenções para o futuro e se ele confirmaria que estaria pensando em ficar. "Não sou candidato. Mas sou o presidente eleito", disse. "Quero entregar a Fifa em boas condições", completou.
Para Blatter, uma data "realista" para a eleição seria "início de 2016". Isso permitiria que os candidatos tivessem quatro meses de campanha e ainda não se chocaria com o Mundial de Clubes, entre 10 e 20 de dezembro no Japão. Num tom direto, o cartola ainda indicou que "a decisão de sair é definitivamente libertadora". "Para mim e para a Fifa", disse.
Blatter, porém, deixou claro que os próximos meses serão de muito trabalho, já que ele pretende aprovar uma reforma da Fifa que jamais conseguiu realizar em 17 anos no poder. "Sou ainda o presidente e totalmente capaz de agir", disse, sem mencionar o fato de que não viajou nem ao Mundial Sub-20, nem à Copa América e ou o Mundial Feminino.
"A Fifa e o futebol tem sido a parte mais importante de minha vida por 40 anos. Portanto, usarei toda minha força e inspiração para levar o barco até um porto seguro." Sobre seus planos de reforma da Fifa, o que ele promete é "fortalecer a democracia no governo da entidade". O que ele vai propor é a expansão do Comitê Executivo da entidade, hoje com 24 membros e amplamente dominado pela Europa.