Luiz Felipe Scolari não esconde o que sente. E os jogadores do Palmeiras conhecem bem o seu treinador. No intervalo da partida contra o Comercial-PI, na última quarta-feira à noite, no Pacaembu, a bronca foi dada e, após um empate sem gols na etapa inicial, a goleada por 5 a 1 foi construída no jogo que levou a equipe paulista para a próxima fase da Copa do Brasil.
"O nosso primeiro tempo não foi bom, o professor conversou com a gente no vestiário e nos pediu para tocar a bola com mais calma", contou Gabriel Silva, autor do quinto gol palmeirense. "A gente vai trabalhar para sair do jeito que ele quer."
De acordo com o goleiro Deola, o Palmeiras só não fez mais por causa do camisa 1 adversário. "A gente perdeu grandes chances de gol. Se não fosse o Neto, o placar seria mais elástico", falou, elogiando o goleiro do Comercial.
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Felipão, que não gostou nada do que viu no início do jogo, voltou a reclamar da falta de decisão da equipe. "Como a gente não fazia gol, o adversário crescia. A gente não precisava atacar com 7 (atletas). Depois, com 11 contra 9, ficou bem mais fácil.".
Quem já caiu nas graças da torcida é o atacante Adriano. Com a boa atuação e os quatro gols ontem, ele deve ser titular sábado, no confronto com o Santo André, novamente no Pacaembu. Para Deola, ele pode ser o atacante que Felipão tanto procura. "Se não está vindo, tem de procurar a solução no clube mesmo."
Se Adriano deve começar a partida de sábado, Kléber não será escalado. O camisa 30 deixou o primeiro tempo machucado - Luan entrou no seu lugar. "Ele sentiu uma dor na parte posterior de coxa", disse o médico Otávio Vilhena. "Foi uma fisgada e preocupa. Ele vai ser examinado", declarou.
Kléber, no entanto, está desanimado. Ainda na quarta-feira ele fez uma previsão nada otimista para a torcida: "Acho que vou precisar de alguns dias sem poder treinar".