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Em 2001

Clube pagou para jogador ser convocado na seleção

Agência Estado
08 mar 2013 às 15:01

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O presidente do Sport, Luciano Bivar, remexeu no passado e levantou nesta sexta-feira uma polêmica que pode se transformar no novo escândalo no futebol brasileiro. Inicialmente, disse ter pago a alguém da CBF para que o volante Leomar fosse convocado para a seleção brasileira que disputou a Copa das Confederações em 2001. Depois, diante da repercussão do caso, disse ter pago a um lobista. Emerson Leão, técnico da seleção brasileira à época, afirmou não ter cabimento as declarações do cartola, mas entende que a denúncia deve ser investigada a fundo.

Bivar, que foi candidato à presidência da República em 2006, fez a "revelação" em entrevista à Rádio Transamérica do Recife. "Eu empurrei um jogador para a seleção pagando comissão. Foi na época de Leomar", disse durante a entrevista. "Não vou falar o nome (de quem recebeu a comissão), não vou levantar defunto".

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Mais tarde, o atual presidente do Sport, que também estava no comando do clube em 2001, alterou sua versão. "Todo mundo faz lobby no futebol brasileiro. Pergunte a Felipão, por exemplo, quantos procuradores ligaram a ele pedindo para que alguém fosse convocado. Essa é a realidade do futebol brasileiro. Com o Leomar, houve o pagamento para um lobista."

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O que ele não nega é que voltaria a pagar para um lobista para ter um jogador do seu elenco na seleção. "Se eu puder colocar cinco jogadores do Sport hoje na seleção eu vou colocar. É a regra do jogo. O presidente do Sport pode ser tudo, menos inocente", disse ele, à Rádio Clube do Recife.

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Treinador da seleção em 2001, Leão está atualmente sem clube. E ficou revoltado com a insinuação. "Ele falou besteira e agora deve ser apertado para dizer quem foi (que recebeu o dinheiro). Vai ter de provar, embora já tenha corrido daquilo que disse inicialmente", afirmou o técnico à Agência Estado.


Leão explicou que, no período em que esteve à frente da seleção, entregava a lista de convocado duas horas antes da divulgação para o então diretor de futebol, Antonio Lopes. "E ele é uma pessoa de altíssima honestidade, inclusive é delegado. Ninguém tinha acesso. Nem o presidente da CBF."

O treinador não fala o nome de Ricardo Teixeira, presidente da entidade em 2001. Teixeira mandou Lopes demiti-lo quando a delegação estava no aeroporto de Narita, em Tóquio, para retornar ao Brasil depois do fracasso naquela Copa das Confederações. Leão se diz à disposição para qualquer esclarecimento e acrescentou. "Vocês podem ligar para os Estados Unidos e perguntar ao presidente da CBF sobre isso. Na minha época, não tinha lobby."


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