A mais evidente dificuldade do Palmeiras no domingo (12), na derrota para o Flamengo, foi a bola área. Defensivamente, o time viu o Rubro-Negro marcar dois gols nascidos em bolas alçadas na área. Ofensivamente, o Alviverde voltou a insistir nos cruzamentos, quase todos com pouca efetividade.
O Palmeiras acertou apenas quatro dos 30 cruzamentos que arriscou na partida, aproveitamento de 13%. Por outro lado, o Flamengo ganhou dez cruzamentos dos 17 que arriscou, ou 59%.
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Os palmeirenses começaram a partida bem, principalmente com a atuação de Wesley, sacado em contestável substituição de Abel Ferreira no segundo tempo. O garoto da base vinha bem nas finalizações até alcançar o gol.
Contudo, a dificuldade do Palmeiras em também se defender das bolas aéreas ficou evidente no minuto seguinte, quando em uma saída de bola fulminante o Flamengo chegou ao empate.
No segundo tempo, já com o adversário em vantagem no placar, Abel Ferreira mexeu no ataque, mas não mudou a forma de jogar. O time investia nos cruzamentos - primeiro em direção a Rony e Wesley, depois em busca de Luiz Adriano e Breno Lopes.
Dudu, que normalmente consegue ser mais efetivo na criação com a bola no chão, se viu obrigado a tentar as bolas alçadas, muito porque Marcos Rocha não o acompanhava na criação pelo lado direito.
O lateral falhou nos dois gols nascidos de bola aérea pelo Flamengo. O Palmeiras teve êxito em apenas cinco disputas aéreas na partida, enquanto o Flamengo venceu 15.
Para se manter na briga pelo Campeonato Brasileiro e pela Libertadores, o Palmeiras precisa resolver essas questões. Adversário do Verdão nas duas competições, o Atlético-MG marcou de cabeça o segundo gol na vitória sobre o Fortaleza no domingo.