O Comitê Olímpico Brasileiro vai estudar medidas judiciais cabíveis em defesa dos direitos do atleta Vanderlei Cordeiro de Lima, prejucidado durante a maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas ao ser agredido por um espectador que invadiu a pista no 32º Km da prova.
O atleta paranaense, de Cruzeiro do Oeste, estava na liderança da prova até aquele momento. Ainda assim, cruzou a linha de chegada em terceiro lugar, garantindo a medalha de bronze.
A Federação Internacional de Atletismo - IAAF - manteve o resultado mesmo assim. A decisão foi tomada pelo júri de apelação da entidade, que não aceitou o protesto impetrado pelo Comitê Olímpico Brasileiro logo após o término da maratona. No protesto, o COB pleiteava que a medalha de ouro fosse entregue também ao corredor brasileiro.
Leia mais:
Botafogo joga por empate para acabar com jejum de 29 anos no Brasileirão
Palmeiras tenta tirar Brasileiro 'praticamente definido' do Botafogo
Londrina EC marca jogo contra o Maringá em Alvorada do Sul
São Paulo pode devolver Jamal ao Newcastle e abrir 2025 com só um lateral
De acordo com o presidente do júri de apelação, Amadeo Francis, a IAAF manteve o resultado pois o regulamento da entidade não prevê alteração de resultado de provas por este motivo. Ele lamentou o ocorrido ao presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.
Por sua vez, o COB já avisou à IAAF que o Brasil vai entrar com um recurso na Corte Arbitral do Esporte, com sede na Suíça, a fim de rever o resultado final da prova.
Impossibilitado de intervir nas questões técnicas das Federações Internacionais, o Comitê Olímpico Internacional vai conceder a Vanderlei Cordeiro a medalha Barão Pierre de Coubertin, pelo fairplay do atleta brasileiro por ter completado a prova. Em Seul-88 o COI concedeu a mesma honra a um velejador, que abandonou a prova para salvar uma pessoa que havia caído no mar.