A CPI do Futebol no Senado aprovou nesta terça-feira um requerimento para que uma comitiva de três senadores vá à Suíça para ouvir o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que está preso em Zurique desde o dia 27 de maio. Também foi aprovada a ida de membros da CPI para os Estados Unidos para colher o depoimento do dono da empresa de marketing esportivo Traffic José Hawilla, uma das peças centrais da investigação do FBI, que aceitou a fazer delação premiada sobre o caso de corrupção da Fifa.
Integrantes da comissão também irão aos EUA em busca de mais informações sobre as investigações que estão sendo conduzidas pela Justiça americana. Em outra frente, a CPI aprovou ainda um convite para ouvir os presidentes de todas as 27 federações de futebol do País.
Presidente da comissão, o ex-jogador Romário (PSB-RJ) colocou os requerimentos em votação mesmo sob o protesto de alguns senadores, que argumentaram que era preciso primeiro aprovar o plano de trabalho da CPI. A apresentação do roteiro foi adiada porque o relator da comissão, senador Romero Jucá (PMDB-RR), não compareceu à reunião.
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Escalado pelo PMDB para ditar o ritmo das investigações, já que nomes importantes da sigla mantêm estreitas ligações com a CBF, Jucá não compareceu à sessão da CPI. Romário, no entanto, minimizou a ausência do relator, e disse que ele estava tratando de outros temas importantes para o Brasil. Na mesma hora, Jucá participou de um almoço com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Questionado se estava preocupado com o ritmo dos trabalhos da CPI, o ex-jogador disse que ia atuar para que as investigações dessem resultado e que era normal haver pessoas que não tivessem interesse no avanço das apurações.
"No que se refere à moralização do futebol, da minha parte vocês vão ver um presidente da CPI bastante atuante, trabalhando bastante. A gente vai investigar a fundo tudo aquilo que é ruim, negativo e criminoso no nosso futebol", disse.
Romário anunciou ainda que vai ter uma reunião nesta terça-feira com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e com o Diretor-Geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para conversar sobre possíveis contribuições desses órgãos para a CPI.