A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga irregularidades no futebol brasileiro vai estar hoje em Curitiba, no plenário da Assembléia Legistativa do Paraná, para uma audiência pública no formato de seminário. A CPI acontece em um momento em que o futebol brasileiro passa por uma das suas maiores crises da história. A seleção brasileira está em decadência e a capacidade dos dirigentes conduzirem o futebol está em cheque.
O senador Álvaro Dias promete que a CPI do Senado vai enviar denúncias ao Ministério Público. "Passamos por um período de investigação e colheita de informações, por meio de documentos oficiais e de depoimentos. Depois entramos em uma segunda fase, de análise de dados e diagnóstico do esporte, através das audiências públicas. Agora estamos na última fase, a prepositiva, que vai indicar uma nova legislação para o desporto brasileiro e encaminhar as conclusões para os órgãos competentes".
O presidente da Federação Espanhola de Futebol, Angel Maria Vila, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, e o advogado Carlos Del Campos Colas, especialista em legislação desportiva, estarão apresentando depoimentos e sugestões para o anteprojeto de reestruturação do esporte mais popular do país. A idéia da comissão é reorganizar aspectos trabalhistas, fiscais e técnicos.
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O depoimento de Vilar é o mais esperado. Ele vem ao Brasil para expor e explicar a nova legislação para o futebol espanhol, que deve servir de base para a nova lei do futebol. Os senadores querem subsídios para o anteprojeto que está sendo elaborado. A Fifa pretende adotar a legislação espanhola, ao propor um debate em Buenos Aires.
Com a finalização dos trabalhos da CPI da Nike, a CPI do Senado, presidida por Dias, ganha importância política. Principalmente porque a CPI dos Deputados acabou em pizza e nada aconteceu após as confirmações de denúncias de sonegação de impostos e inapropriação indébita de vários dirigentes. Hoje, o torcedor não acredita na lisura de cartolas como o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Rolim de Moura.