Apresentado oficialmente nesta quarta-feira como novo técnico do Fluminense, Cuca não escapou da inevitável pergunta sobre a sua motivação em comandar um time que está cada vez mais próximo do rebaixamento para a Série B.
"Eu já conheço o Fluminense, isso é fundamental. Conheço o grupo de jogadores, conheço a cidade. Aqui me sinto bem. Posso ajudar", comentou Cuca, que disse ter recebido outras propostas. "Quando começam as brigas em casa, já está na hora de voltar a trabalhar", brincou.
Sobre o momento conturbado do Fluminense, principalmente nos bastidores políticos do clube, Cuca procurou minimizar a questão. "Não tem por que falar sobre o ambiente. Procuro nem ficar sabendo de outras questões. Quero me concentrar dentro de campo", disse.
Leia mais:
Botafogo joga por empate para acabar com jejum de 29 anos no Brasileirão
Palmeiras tenta tirar Brasileiro 'praticamente definido' do Botafogo
Londrina EC marca jogo contra o Maringá em Alvorada do Sul
São Paulo pode devolver Jamal ao Newcastle e abrir 2025 com só um lateral
Cuca, como no ano passado, quando também substituiu a Renato Gaúcho com a missão de tirar a equipe da zona de rebaixamento, herdará uma equipe desmotivada, sem uma gota de confiança e abalada por uma severa crise política que racha o clube.
O presidente Roberto Horcades está sob cerco. A oposição estuda uma forma de promover o impeachment de Horcades e antecipar as eleições, marcadas para o fim do ano que vem.
Um grupo de conselheiros - liderado pelo benemérito Silvio Kelly e pelo vice-presidente geral do clube, José de Souza - tem recolhido assinaturas para entrar no Conselho Deliberativo com o pedido de saída do presidente. São necessárias 50 assinaturas dos 300 conselheiros, e José de Souza diz já ter 60 nomes comprometidos com a iniciativa.
Além da crise dentro de campo e a ingerência do presidente da Unimed, Celso Barros, no futebol do clube, pesa o aumento da dívida de R$ 280 milhões para R$ 320 milhões entre 2007 e 2008.