O Corinthians vestiu azul, mas a sorte não mudou como na música de Wilson Simonal. Na estreia do terceiro uniforme, o time do técnico Cristóvão Borges ficou no 1 a 1 contra o Coritiba, nesta quarta-feira, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, pela 25.ª rodada, e ampliou para cinco jogos o jejum como visitante no Campeonato Brasileiro. Agora são quatro derrotas e um empate.
O resultado no Paraná somado ao revés para o Santos, no último domingo, custou caro ao Corinthians. Com 41 pontos, o time alvinegro saiu da zona de classificação à Copa Libertadores - está agora na quinta colocação. Para piorar, o próximo adversário será o líder Palmeiras, neste sábado, no estádio Itaquerão, em São Paulo.
A primeira dor de cabeça para Cristóvão Borges surgiu logo aos 6 minutos. O lateral-esquerdo Uendel sentiu um problema muscular na coxa direita e foi substituído por Guilherme Arana, que não jogava desde maio. A mudança fez o treinador segurar Fagner, pelo lado direito, já que o reserva gosta de apoiar.
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Fagner, porém, não estava em uma noite inspirada. Foi por lá que Juninho, que é zagueiro mas está atuando improvisado como lateral, fez jogada de ponta e criou a primeira chance. O gol do Coritiba também iria sair por culpa de Fagner. Antes disso, no entanto, o Corinthians abriu o placar em um vacilo dos paranaenses.
Aos 15 minutos, Lucca subiu de cabeça com Dodô no meio de campo. A bola sobrou para Alan Santos, que ficou esperando o árbitro carioca Grazianni Maciel Rocha marcar falta, o que não aconteceu. Rodriguinho tocou para Gustavo, que, dentro da área, levantou a cabeça e rolou para Marlone empurrar para o gol.
Apesar do gol, o Corinthians não jogava bem. O Coritiba tomava conta do jogo e martelou até empatar. Kazim Richards, que já havia mandado uma bola na trave, recebeu na área e levou um carrinho de Fagner: pênalti. Leandro bateu no canto esquerdo, deslocando Cássio.
O domínio do Coritiba permaneceu até o final do primeiro tempo e persistiu no começo da etapa final. A equipe da casa voltou pressionando o rival do campo defensivo. A pressão não deu resultado e, aos poucos, o Corinthians equilibrou o jogo. Por orientação de Cristóvão Borges, o time trocava passes e, com isso, evitava ser atacado. Faltava, no entanto, ser mais agressivo. Quando era, Gustavo estava sempre em posição de impedimento, atrapalhando o ataque.
O Coritiba ainda teve João Paulo expulso aos 35 minutos, mas o Corinthians não teve ambição suficiente para se lançar atrás da vitória. O empate estava de bom tamanho.