É sempre a mesma conversa. Um jogando o favoritismo para o outro, no mais manjado jogo de empurra que o futebol conhece. Curioso é que dessa vez não houve muita discussão. O Coritiba apontou para o Atlético, que apenas tomou cuidado para não parecer arrogante. Coisa difícil diante das campanhas dos dois times.
Enquanto um tem o melhor ataque do campeonato e pode até disputar a liderança, no caso de o São Caetano perder para o Vasco no sábado, outro não consegue alcançar uma situação de tranquilidade na tabela, estando cada vez mais próximo da zona de rebaixamento. Diante dos fatos, não há argumentos. O Atlético é o favorito e pronto.
Aí é que a história pode pregar das suas. Quantas e quantas vezes já vimos a mesmíssima situação, apenas com a inversão do momento. O Atlético já conseguiu recuperaçòes fantásticas em jogos tidos como de ampla vantagem coxa-branca e o Coritiba, igualmente, cansou de buscar forças sabe lá onde para subverter a lógica. É isso que faz com que as duas torcidas estejam motivadas para o jogo. É certo que a presença de público seria melhor caso o mandante estivesse em melhor situação, mas o bicho vai pegar do mesmo jeito.
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O segredo faz parte do espetáculo. Ivo vai guardar até a última hora a escalação do Coritiba. Evair aparece como grande trunfo e provavelmente provocará reações emocionadas no momento em que aparecer em campo, seja no começo ou durante o andamento da partida. Geninho vai ter à disposição todo o bom elenco atleticano, para usar e abusar da qualidade que o time já mostrou para todo o Brasil. Mas podem esperar um coxa forte, motivado e muito marcador, igualzinho aquele que atropelou o Palmeiras, então líder do campeonato.
Não sou maluco de apontar o vencedor de um jogo como esse. Prefiro ficar na expectativa de um domingo de bom futebol e muita vibração, que é o que a gente gosta. Casa cheia, as torcidas proporcionando um belo espetáculo sonoro e visual e os times correndo atrás de gols. Tomara que seja apenas mais uma partida de futebol. Que deixem as provocações e as brigas para os intolerantes; e que estes fiquem bem longe do jogo.