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"Mercado negro"

Fifa combate venda ilegal de ingressos do Mundial

Agência Estado
14 dez 2013 às 10:20

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Com uma demanda por ingressos para a Copa que supera em muitas vezes o número de lugares disponíveis nos estádios, a Fifa presencia uma explosão do mercado negro e lança uma ofensiva mundial para reprimir a venda ilegal de entradas.

A seis meses do Mundial, mais de 130 empresas e operadores pelo mundo já foram identificados oferecendo ingressos sem autorização, da China à Costa Rica, da Austrália ao Brasil. As informações são da Match Service AG, empresa que tem os direitos exclusivos para a venda de ingressos.

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"Estamos vendo um mercado negro enorme e com preços que chegam a ser 300% superiores ao valor original das entradas", disse à reportagem o conselheiro legal da Match, Imran Patel. "São extorsões que se aproveitam do desespero das pessoas por ingressos."

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A única forma de adquirir uma entrada para um jogo da Copa é por meio do site da Fifa. A Match vende entradas VIP, principalmente para empresas. Patel diz que, em apenas uma semana depois do sorteio das chaves da Copa, já foram identificadas pelo menos 30 novas empresas que passaram a anunciar a venda de entradas. Antes, o número era de 100. "Esse é um fenômeno que deve ganhar força até o final do ano e em 2014." Ele acredita que até o fim do ano mais 50 ou 60 empresas aparecerão no mercado.

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Segundo Patel, em alguns países a Justiça já abriu processos contra empresas que tenham mantido a venda de ingressos mesmo depois de alertadas de que estavam cometendo crime. Na Costa Rica, a Justiça acaba de aplicar uma multa sobre quatro agências de turismo que afirmavam aos clientes que poderiam comprar ingressos com o pacote para ver a seleção centro-americana na Copa.


Uma delas, a Destinos TV, argumentou que tem um escritório no Brasil e que, portanto, tem amplas possibilidades de obter as entradas. A justificativa não foi aceita. No México, 11 operadores de turismo foram pegos vendendo entradas e pacotes para a Copa. A Agência de Proteção do Consumidor no México, a Profeco, já abriu ações legais contra seis delas por estarem ignorando as ordens de parar as vendas.

O Brasil concentra cerca de 10% de todas as empresas identificadas. Apesar de seus nomes não estarem sendo divulgados, Patel confirma que a Fifa e a Match já enviaram cartas a esses operadores fazendo o alerta: ou param de vender ou enfrentarão queixas criminais na Justiça brasileira.


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