A Fifa volta a insistir que não existe qualquer tipo de mudança nas regras e nem na interpretação sobre a "bola na mão". Três dias depois da polêmica em relação à arbitragem brasileira, a entidade máxima do futebol reforçou o recado de que não existem mudanças.
"Não existem mudanças na interpretação", garantiu a entidade, em um e-mail. A Fifa não entrou em detalhes sobre as acusações da CBF de que "tinha provas" de que a entidade os recomendou a modificar a forma de avaliar cada lance.
Nas últimas semanas, a arbitragem do Campeonato Brasileiro tem causado diversas polêmicas, em especial por conta de lances de mão na bola. A diretriz da CBF sobre a "mão na bola" aponta para uma direção exatamente contrária à avaliação da Fifa.
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A recomendação "une a mão intencional com o toque teoricamente não proposital e intensifica as marcações de infrações, mas levando em consideração fatores como a distância entre o atleta que tocou na bola e aquele que chutou". Na prática, a recomendação restringe a interpretação de que possa haver um movimento de bola na mão.
Na Fifa, a recomendação surpreendeu. Segundo Massimo Busacca, chefe da Arbitragem da entidade, "não se pode dar falta a qualquer toque de mão. Isso é um absurdo". Para ele, o que precisa ser pensado é se a mão de um jogador estava ou não no local de forma "natural ou não-natural".
"Um jogador precisa de sua mão e de seu braço para correr, para se equilibrar e para saltar", disse. "Não se pode jogar sem mão", declarou. Para Busacca, questionar isso é "desrespeitar o atleta". Outro fator, segundo ele, que precisa ser avaliado é se o toque foi "intencional ou não". "Quando um jogador tenta fazer seu corpo maior usando a mão, isso deve ser punido", disse.