A Fifa anunciou nesta segunda-feira que vai atrasar a entrega do relatório com as conclusões da investigação sobre as denúncias de compra de votos no processo de escolha das sedes da Copa do Mundo. Antes prevista para o fim de julho, a entrega deverá acontecer no início de setembro.
De acordo com a entidade máxima do futebol, o seu comitê de ética pediu para concluir as investigações na primeira semana de setembro. É mais um adiamento do prazo dado pelo norte-americano Michael Garcia, responsável pelas investigações. No início de junho, questionado por jornalistas, ele prometeu que entregaria o relatório em 9 de junho. Assim, serão pelo menos três meses de atraso, caso a nova data seja respeitada.
Ele investiga a denúncia de que cartolas do Catar teriam pago pelo menos US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 11,2 milhões) para comprar votos para que o país fosse escolhido como sede do Mundial. O maior alvo da denúncia é Mohamed Bin Hammam, um dos principais agentes do futebol do Catar, que teria atuado em diversas regiões do mundo para comprar apoio. A principal delas foi justamente a África, que teve quatro cartolas votando na eleição.
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Bin Hammam teria usado mais de dez fundos para fazer dezenas de pagamentos de até R$ 447,8 mil para presidentes de 30 federações de futebol no continente. O Comitê Organizador da Copa no Catar nega as acusações.