As recentes declarações sobre as medidas tomadas pelo Comitê Olímpico Internacional para tentar solucionar os atrasos referentes as obras para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 repercutiram na imprensa mundial.
Em entrevista na Turquia, o presidente do COI, Thomas Bach, revelou uma série de iniciativas para permitir que sua entidade passe a ter um "papel central para coordenar" as decisões do Rio de Janeiro, com a contratação até mesmo de uma consultoria independente para avaliar diariamente o andamento das obras na cidade.
Um artigo publicado no Wall Street Journal classifica a atitude de "complicada" e reforça que o COI será mais ativo em relação a preparação dos Jogos no Rio de Janeiro. Além disso, a publicação também cita a saída da presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos, há 10 dias.
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O Los Angeles Times vai além. A publicação fala sobre os atrasos nas obras, os problemas enfrentados com os trabalhadores e reforça a preocupação de o Brasil não estar pronto para o evento. Para eles, o COI estaria correndo contra o tempo para "salvar" a Olimpíada.
O jornal Washington Post, comenta sobre a equipe que será enviada para o Rio de Janeiro, fala que eles farão o máximo para que o evento seja um sucesso, mas faz questão de ressaltar que Thomas Bach, presidente do COI, não descarta realizar os Jogos Olímpicos em outro lugar, caso persistam os atrasos.
Na quinta-feira, em entrevista ao Estado, o advogado Alberto Murray Neto, ex-integrante do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e da Corte Arbitral do Esporte, disse que a presença no Rio do diretor executivo do COI, Gilbert Felli, "é uma pressão efetiva". "Não digo nem só em relação às instalações olímpicas, mas à cidade que não tem transporte, não tem segurança, com a Baía de Guanabara suja..."