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Violência!

Jogador da seleção do Azerbaijão é preso por morte de jornalista que o criticou

Agência Estado
11 ago 2015 às 13:50

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- Reprodução
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Seis pessoas, incluindo o jogador Javid Huseynov da seleção do Azerbaijão, foram detidas nesta terça-feira, acusadas da morte do jornalista esportivo Rasim Aliyev, falecido no domingo pela manhã. O capitão do Gabala é o suspeito de planejar o assassinato do repórter, que fez críticas a ele em uma postagem no Facebook.

Huseynov marcou gols nos dois jogos que classificaram o Gabala à última fase eliminatória antes da fase de grupos da Liga Europa. Na partida de volta contra o Apollon Limassol, do Chipre, exibiu uma bandeira da Turquia - em 1974, a Turquia invadiu o Chipre e ocupou 1/3 do território da ilha, criando lá a República Turca de Chipre do Norte, reconhecida apenas pelos turcos.

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Quando um repórter grego questionou o por quê daquele gesto, Huseynov teria ofendido o jornalista. Rasim Aliyev criticou a atitude do jogador e, segundo o mesmo, teria começado a receber ligações de Huseynov e de sua esposa, com ameaças.

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No sábado, o jornalista aceitou um encontro com o atleta e sua esposa, para um chá, onde resolveriam o incidente. Chegando ao local combinado, foi sequestrado por seis pessoas e agredido. A história foi contada pelo próprio Aliyev em entrevista gravada no leito do hospital onde depois morreria.


Huseynov negou todas as acusações, mas foi afastado do elenco do Gabala, que enfrenta o Panathinaikos, da Grécia, na próxima etapa da Liga Europa. O caso gerou grande repercussão e diversos organismos internacionais emitiram nota de repúdio. O governo de Baku, então, resolveu agir e, nesta terça, o Ministério do Interior mandou prender o jogador e outras cinco pessoas acusadas.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, disse estar seriamente preocupado com o incidente e defendeu a liberdade de imprensa do país. Baku, entretanto, vetou a presença de vários jornalistas internacionais na primeira edição dos Jogos Europeus, no mês passado. A jornalista Khadija Ismayilova segue presa após publicar reportagens denunciando o autoritarismo do governo.


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