A Justiça da Espanha ordenou nesta sexta-feira que o juiz José de la Mata reabra o processo contra Neymar, seu pai, o ex-presidente da Barcelona Sandro Rosell e o Santos sobre suposta fraude no preço da transferência do atacante para o clube catalão em 2013. O fundo DIS, que detinha 40% dos direitos econômicos do atacante, alega que sofreu prejuízos econômicos na polêmica transação.
Em julho, o juiz De la Mata havia decidido pelo arquivamento do processo. À época, o magistrado alegou que não havia crimes de fraude ou corrupção na transferência do jogador, mas apenas "violações" às regras da Fifa.
Agora, a Justiça revogou a decisão do juiz De la Mata de arquivar o processo. A Quarta Seção Penal, presidida pela juíza Angela Murillo, encontrou evidências de corrupção e fraude.
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A Justiça quer esclarecimentos sobre o valor real da venda de Neymar. Inicialmente, o Barcelona informou que o negócio custou ao clube 57,1 milhões de euros (R$ 249,6 milhões na época). Oficialmente, o Santos recebeu 17,1 milhões de euros (R$ 74,8 milhões). Depois, o Barça admitiu que gastou 86,2 milhões de euros (R$ 364,2 milhões). O clube alega, no entanto, que pagou 40 milhões de euros de indenização à empresa N&N, da família de Neymar.
Questionado nesta sexta-feira sobre o reabertura do processo, o técnico do Barcelona, Luis Enrique, limitou-se a dizer: "Ele e o Barcelona estão acostumados a essas situações". Neste sábado, o Barça enfrenta o Sporting Gijón pelo Campeonato Espanhol e Neymar está confirmado entre os titulares.