O goleiro Marcos, campeão da Libertadores pelo Palmeiras em 1999 e mundial com a seleção brasileira em 2002, esteve em Londrina na noite desta quinta-feira (18) para atender torcedores no evento comemorativo de um ano da loja do clube na cidade.
Cem palmeirenses tiveram a oportunidade de serem fotografados ao lado do ídolo, considerado 'santo' pela torcida centenária. Uma das mais ansiosas pela chegada do goleiro era Santinha Viggieri, de 89 anos. "Sou fanática pelo Palmeiras. Quando joga eu esqueço de tudo. Ultimamente estou muito preocupada, com medo de cair de novo (para a segunda divisão), mas vamos enfrentar isto tudo e escapar", acredita.
A emoção de Santinha foi compartilhada com o neto Pedro, que herdou o sangue verde da matriarca. "Faz 15 dias que ela não fala de outra coisa, me ligava todos os dias para falar do Marcos. Minha família tem muitos palmeirenses, meu pai, meu avô. Tenho a lembrança muito forte do título de 1993 (Brasileiro), com 11 anos, assistindo com todos eles", recorda.
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O palmeirense mais novo entre os que se encontraram com Marcos não concede entrevistas. Quem fala pelo pequeno Pedro, de um ano, é o pai, o oficial de justiça Vitor Fontanari. "É o maior que eu já vi jogar. Certamente vou contar tudo que ele fez pelo Palmeiras ao meu filho". Questionado sobre o atual momento do clube, Vitor acredita que a má fase vai ser passageira e, em breve, o pequeno Pedro vai comemorar títulos. "O futebol é cíclico. Com o estádio novo o time terá uma nova motivação e os resultados vão aparecer".
Entrevista:
Confira os principais trechos da entrevista concedida por Marcos
Aposentadoria
Eu não fujo do que é o torcedor do Palmeiras. Se o time está jogando bem eu comemoro, se está mal a 'cornetagem' é 'batata'. Vontade de jogar até dá, mas se não fosse o joelho.. Infelizmente não posso nem jogar bola de brincadeira, o joelho já fica inchado. Mas acho que eu parei no momento certo e joguei até o tempo que eu consegui.
Futuro treinador?
Quem sabe? É difícil. Você não vai ser técnico de um time só. É uma profissão muito ingrata, não tem muito tempo para trabalhar, depende das contratações, do dinheiro que o clube tem. A gente não pode prever o que vai acontecer. Talvez estudar para um cargo melhor, um gerente, diretor, com capacidade de analisar jogadores, fazer contratações.
Jogo em Londrina em 1996
Lembro desse jogo (Palmeiras 5x1 Fluminense). Ali estava começando a carreira, tinha até cabelo ainda! Era reserva do Velloso, ele se machucou. Tive a oportunidade de fazer algumas partidas e ser convocado pela primeira vez pelo Zagallo em seguida. Lembro muito bem de um golaço do Djalminha no estádio do Café.
Santo?
É um carinho do torcedor. No começo, quando me chamavam de santo, achava uma responsabilidade muito grande. Mas depois você entende. Na Argentina é muito comum, no Brasil também. Teve o Edilson "Capetinha", o Edmundo "Animal", o Evair "Matador", e ninguém era capeta, animal, nem matava. Eu só tenho a agradecer o carinho do torcedor do Palmeiras comigo. Em todo lugar que vou o torcedor sempre me prestigia.
Nova Arena - Allianz Parque
Acredito que, no começo, o Palmeiras vai sofrer um pouco. Tem uma questão de adaptação, nos primeiros jogos sofre. Não que não esteja sofrendo em outros campos né? Mas é importante voltar para casa, ter a sua casa, o campo que a sua torcida faz pressão. O time gosta de jogar no Pacaembu, mas a falta do velho Palestra nos últimos anos tem feito falta. Com uma casa das mais modernas do mundo o Palmeiras tem muito a ganhar, a torcida também pelo conforto. Agora, a gente espera que o time esteja em uma condição melhor para aproveitar com vitórias.