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Torcida Organizada

MP, governo e FPF discutirão ato de paz de torcidas organizadas nesta quarta

Agência Estado
13 dez 2016 às 15:30

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Uma reunião entre integrantes da Federação Paulista de Futebol (FPF), Ministério Público, Tribunal de Justiça e Secretaria de Segurança Pública vai discutir nesta quarta-feira ato de paz proposto pelas principais torcidas organizadas dos quatro maiores clubes de São Paulo. A iniciativa foi questionada após a divulgação de áudios que circulam em grupos de WhatsApp em que homens afirmam que a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenou o fim das brigas entre os torcedores.

À reportagem do Estado, o promotor do Ministério Público Paulo Castilho afirma que o encontro irá avaliar o caso. "Não vamos descartar nenhuma hipótese, sempre trabalhamos com líderes de torcidas que são ligados ao crime organizado, mas vamos tomar as medidas que forem necessárias para que continue tendo a tranquilidade dos últimos meses e, se necessário, ampliar o caminho para ter paz."

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Segundo Castilho, no encontro da cúpula da Segurança Pública do Estado serão discutidas alternativas para diminuir os casos de violência no esporte. "Ninguém pode tomar uma decisão sozinho. Temos que colocar um debate de maneira democrática, levando em consideração a opinião de todos os envolvidos para chegar na melhor solução de repressão à violência no futebol", conta o promotor.

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Castilho ressalta que as ocorrências no futebol diminuíram este ano, e as decisões que já foram tomadas devem ser levadas em consideração, uma vez que as respostas são positivas, como a adoção de clássicos com torcida única. "Com as nossas medidas aliadas às do juizado dos torcedores, chegamos a economizar 150 policiais militares por jogo de torcida única. Hoje temos competência para atuar na Grande São Paulo. Já condenamos muitos torcedores e afastamos vários outros dos estádios."


CENÁRIO - Na semana passada, representantes das torcidas organizadas Gaviões da Fiel, Mancha Alves Verde, Torcida Jovem e Independente foram à sede do DHPP e se reuniram com representantes da Drade (5ª Delegacia de Polícia de Repressão Aos Delitos De Intolerância Desportiva) para firmar um acordo de paz.

Essa foi a primeira manifestação após o simbólico encontro que aconteceu no Pacaembu, onde as torcidas dos quatro principais clubes de São Paulo se uniram para homenagear as vítimas da tragédia sofrida pela Chapecoense, que provocou a morte de 71 pessoas no último dia 29 de novembro, na Colômbia, onde o avião que levava o time para o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana caiu perto do aeroporto de Medellín.


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