O dia 27 de março de 2013 vai entrar para a história como mais uma página para os palmeirenses rasgarem das memórias do clube. Nesta quarta-feira, o Palmeiras visitou o Mirassol e foi goleado por incontestáveis 6 a 2. O placar foi todo ele construído no primeiro tempo, quando a equipe do técnico Gilson Kleina levou três gols nos primeiros 11 minutos, equilibrou a partida, mas sofreu outros três nos cinco minutos finais.
A goleada, porém, não é algo tão raro na história recente do Palmeiras. Faz menos de dois anos que o clube levou 6 a 0 do Coritiba, na Copa do Brasil. Perder de um time do interior que beirava a zona de rebaixamento, porém, é algo ainda mais grave e pode acentuar a crise que ronda o Palestra Itália há muito tempo. O temor é geral pela violência da torcida, que mostrou sua fúria diversas vezes nos últimos anos.
Para o Mirassol, a vitória histórica coloca a equipe com 15 pontos, subindo para o 13.º lugar depois de passar cinco rodadas sem vencer. Já o Palmeiras continua no sétimo lugar, com 25 pontos. Sábado, a equipe deve enfrentar protestos contra o Linense, no Pacaembu.
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FICHA TÉCNICA - A indisposição sentida por Maurício Ramos no vestiário parecia um problema relevante para o Palmeiras. Mas não era nada perto do que viria. Logo aos 40 segundos, André Luis cruzou e o garoto Marcos Vinicius, estreante na vaga de Maurício Ramos, cabeceou para marcar contra. Henrique, Vilson e Leandro Amaro estão machucados.
Seria fácil dizer que o garoto, que ficou ainda mais nervoso depois do gol contra, atrapalhou o time. Mas nos dois gols que se seguiram ele não teve responsabilidade. No segundo, André Luiz marcou mal e Caion recebeu livre para bater tirando de Fernado Prass. No terceiro, logo em seguida, Caion de Márcio Araújo na corrida e no corpo e encobriu o goleiro.
Gilson Kleina logo agiu, tirando o volante Charles e colocando o meia Ronny - ele evitou tirar Marcos Vinicius, formado nas categorias de base do Corinthians, e queimar para sempre o garoto. À primeira vista pareceu uma boa substituição. Aos 22, Ronny cruzou na medida para Caio descontar. Aos 30, o meia arriscou de longe, Gustavo pulou atrasado, e aceitou: 3 a 2.
Parecia que o Palmeiras entraria de novo no jogo, tanto que a equipe alviverde criou chances para empatar. A zaga, porém, continua uma peneira. Aos 39, Leomir bateu falta com perfeição e marcou o quarto. Pouco depois, Medina ganhou fácil de Juninho no choque e encobriu Prass. Ainda deu tempo de um sexto gol, com Camilo, num contra-ataque.
A goleada criou enorme expectativa para o segundo tempo, que não rendeu o esperado. De destaque, um gol de Caio, de cabeça, anulado por conta de uma falta de ataque aparentemente mal marcada.
De qualquer forma, poderia ter sido pior para o Palmeiras. Fernando Prass pegou um bom chute de Leomir. Mineiro perdeu uma chance com o gol vazio.