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Caso Alan Kardec

Paulo Nobre critica o São Paulo e pede mais união entre os clubes

Agência Estado
28 abr 2014 às 16:41

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- Divulgação/Site Oficial
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A longa novela em que se transformou a negociação de Alan Kardec teve um final inesperado para o torcedor palmeirense. Nesta segunda-feira, o presidente Paulo Nobre confirmou que o jogador não pertence mais ao clube e acertou com o São Paulo. A forma como o rival conduziu a negociação com o atleta, que ainda discutia sua permanência no Palmeiras, irritou o dirigente, que disparou contra o time do Morumbi.

"O Palmeiras tentou de tudo quanto é maneira. A negociação ainda tinha 30 dias, até o fim de maio, e estava muito perto do final. Mas um time (o São Paulo) entra na negociação de forma totalmente antiética. O Alan Kardec era titular do clube com uma negociação em curso. Entrou um time com a negociação e o staff do jogador achou por bem aceitar", declarou.

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A principal crítica de Paulo Nobre foi em relação à nova gestão do São Paulo, comandada pelo presidente Carlos Miguel Aidar. O dirigente palmeirense deu a entender que Aidar levou a melhor na negociação por ter cedido aos interesses do empresário de Alan Kardec, o pai do jogador. "Falamos primeiro com o jogador para ver o que era melhor para ele, sem discutir a remuneração do empresário. É assim que fazemos. Quando isso aconteceu, quando o São Paulo entrou na jogada, ficamos absolutamente fora da negociação."

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Nobre ainda se mostrou preocupado com a relação que a nova diretoria do São Paulo está promovendo com os outros clubes. Em apenas quase duas semanas de gestão, Aidar já entrou em atrito com o Corinthians, por reclamar da distância do estádio Itaquerão, com a Portuguesa, por ser advogado da CBF na briga com o time do Canindé, e foi criticado pelo presidente do Cruzeiro, Gilvan Tavares, justamente por esta proximidade com a CBF.


"Outros clubes me ligaram e falaram que tinham interesse (no Alan Kardec), mas disseram que esperariam o fim da nossa negociação. O que o São Paulo fez é antiético e aqui cabe uma reflexão. Os clubes unidos são mais fortes. De que adianta dar um ''passa moleque'' em alguém se você continua fraco?", questionou.

A forma como foi conduzida a contratação de Alan Kardec pelo São Paulo tende a piorar a já conturbada relação do clube do Morumbi com o Palmeiras. "Estou extremamente decepcionado. A relação entre as diretorias de Palmeiras e São Paulo é péssima desde a década de 40 e vai continuar assim com essa nova diretoria de lá. O Palmeiras não é bonzinho, mas é ético e assim vamos continuar porque achamos que é certo."


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