O comandante do Batalhão de Policiamento de Eventos, tenente-coronel da Polícia Militar de Minas Gerais, Antônio de Carvalho, afirmou que o Cruzeiro não respeitou as normas de segurança necessárias para a realização da festa do lado de fora do Mineirão, que terminou cancelada por conta de brigas entre torcidas organizadas do clube, ainda na noite do último domingo.
- A Polícia Militar foi chamada de última hora, pelo organizador da festa, para fazer a organização do evento, mas alguns parâmetros de segurança não foram obedecidos como a gente havia delineado. Quanto ao posicionamento do caminhão para a distribuição da cerveja, não foram colocados voltados para a saída. Colocaram estruturas no solo. Existe uma coordenação deste tipo de coisa, 100 mil latas de cerveja é muita coisa, tínhamos 40 mil pessoas do lado de fora, mais 50 mil pessoas do lado de dentro - falou o coronel Carvalho, em entrevista à Rádio Itatiaia.
- A gente percebe que as medidas exigidas para esta festa não foram feitas de maneira correta pelo organizador deste evento. Vamos fazer um boletim de ocorrência e encaminhá-lo para o ministério público, para que seja analisada a preparação da festa. A festa deveria ter sido preparada da melhor maneira, com mais cuidado, mas constatamos que prefeitos de segurança impossibilitaram que o torcedor cruzeirense aproveitasse da festa - completou o coronel.
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A diretoria do Cruzeiro informou que tomou as providências e que a polícia militar foi comunicada sobre o evento em uma reunião, que também foi feito em outro encontro no dia 25 de novembro, na Federação Mineira de Futebol.
Para conter os brigões, a PM teve que formar cordões de isolamento na Avenida Abraão Caram. Vândalos responderam arremessando pedras, placas de trânsito, pedaços de pau e outros objetos em direção aos policiais. Enquanto isso, membros das torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente se confrontavam em frente ao trio elétrico.
- O somatório deste número de pessoas, além da infeliz conduta das torcidas, fizeram com que a polícia precisasse intervir, fizemos prisões, mas o que evitamos foi que outras pessoas fossem feridas. As pessoas estavam arremessando pedras contra a polícia, que tentou organizar da melhor maneira possível, evitando confronto com a torcida - concluiu.
A Polícia Militar ainda não divulgou o balanço das ocorrências e já solicitou uma reunião coma Polícia Civil. Ministério Público só irá se manifestar a respeito quando receber um relatório da Polícia Militar sobre o caso.