As polícias Civil e Militar trabalham em conjunto para identificar e responsabilizar os torcedores que provocaram os tumultos depois do jogo entre Coritiba e Fluminense, no domingo (6). A confusão resultou em 18 feridos, entre civis e militares, em diversas regiões de Curitiba. Um rapaz foi preso suspeito de agredir um policial e mais 22 participantes do tumulto foram identificados.
"Estamos identificando os principais personagens. A intenção é colocá-los na cadeia. Não são torcedores, são vândalos. Haviam se programado para cometer esta barbaridade", comentou o governador Roberto Requião.
Cerca de 700 policiais militares reforçavam a segurança no estádio Couto Pereira, no Alto da Glória, e nas suas imediações do clube. Participaram do policiamento policiais militares dos batalhões da capital, da Academia de Polícia Militar do Guatupê (APMG), do Centro de Formação de Praças (CFap), da Companhia de Polícia de Choque e do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran).
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"A polícia está requisitando imagens e também está trabalhando com seus próprios filmes. A intenção do Governo do Estado é punir os causadores desses tumultos com severidade", afirmou Requião.
PRESO – Dos feridos, sete são policiais militares. Três foram encaminhados ao Hospital Cajuru e quatro fizeram exame de corpo de delito, no Instituto Médico-Legal (IML). Os 11 civis feridos seguiram para prontos-socorros, e depois de medicados, foram identificados, juntamente com outros 11 suspeitos de participar das agressões, que vão responder em termo circunstanciado.
No fim da manhã desta segunda-feira (7), Gilson da Silva (20) foi detido suspeito de agredir, em campo, o soldado Luis Ricardo Gomides, do 12.º Batalhão da PM. Com ele, foram identificados 23 suspeitos de participar da confusão. O policial militar foi encaminhado ao Hospital Cajuru e passa bem. Dois dos civis feridos foram atingidos por arma de fogo. Um foi baleado na cabeça e outro nas costas, nas proximidades do Couto Pereira.
Os suspeitos identificados foram encaminhados ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). O delegado Miguel Stadler, titular da unidade, afirma que já tomou as providências para identificação e qualificação dos responsáveis e daqueles que incitaram as ações criminosas de alguns torcedores. "Já identificamos vários deles e autuamos em flagrante de um dos agressores do policial Gomides", informou Stadler, durante a entrevista coletiva.
O delegado também informou que o inquérito para apurar toda a confusão e agressões já foi instaurado. "Faremos a individualização dos crimes como tentativa de homicídio, lesões corporais, danos e vandalismos, para que cada um responda pelo delito que cometeu". De acordo com Stadler, o agressor do policial militar utilizou uma barra de ferro para desferir golpes contra o PM. "Outras pessoas serão intimadas. Aqueles que deram entrada nos hospitais passarão por triagem para verificar a participação nas ações." (com AEN)