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Acordo na Justiça

Presos vão construir estádios para Copa 2014

Agência Brasil
20 out 2009 às 16:11

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O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Gilmar Mendes, assinou nesta terça (20), no Rio de Janeiro, um acordo de cooperação técnica com o Comitê Organizador da Copa do Mundo 2014 para oferecer a presos e egressos do sistema carcerário vagas de trabalho nas obras preparatórias para a competição esportiva, que será realizada no Brasil.

A iniciativa faz parte do projeto Começar de Novo, criado pelo CNJ, para promover a ressocialização de presos por meio de capacitação profissional e parcerias com empresas de diversos setores para que ofereçam postos de trabalho aos ex-detentos.

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De acordo com o presidente do CNJ, que também preside o Supremo Tribunal Federal (STF), a iniciativa é importante porque ajuda a recuperar a autoestima de quem passou pelo sistema penitenciário.

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"Todo esse processo ajuda no restabelecimento da autoestima e da confiança de ser realmente produtivo. Tem a ver com a sensação de pertencer e se reconhecer como legítimo integrante da comunidade. É resgatar inteiramente a dignidade do ser humano que mesmo tendo ultrapassado os limites da lei, nunca deixou de ser cidadão", destacou Mendes.

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O presidente do Comitê Organizador da Copa de 2014 e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, também destacou o papel da iniciativa na promoção da reinserção de egressos no mercado de trabalho.


Ainda durante o evento, Teixeira disse não acreditar que os confrontos, no último fim de semana, entre traficantes de drogas no Morro dos Macacos, na zona norte do Rio, possam causar prejuízos à imagem da cidade e do país no cenário internacional. O episódio provocou a morte de pelo menos 20 pessoas e a derrubada, a tiros, de um helicóptero da polícia.

"Foi grave, não vamos esconder o sol com a peneira, mas menos grave do que o que aconteceu em Londres, por exemplo, quando mais de 50 pessoas morreram [em um atentado ao metrô]. Este fato existe no mundo todo, a violência está inerente a todas as grandes cidades e a repercussão foi natural, da mesma forma que existe quando a gente liga a televisão e vê os ataques de garotos alucinados nos Estados Unidos dando tiro em todo mundo", disse.


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