Não é de hoje que a Uefa vem tentando fazer os clubes se adequarem à nova política de "Fair Play Financeiro" estabelecida para o futebol europeu. Mas foi nesta sexta-feira que a entidade deu sua cartada mais forte para que isso aconteça e puniu severamente os clubes que ainda não se enquadraram. Pior para Paris Saint-Germain e Manchester City, que terão que abrir os bolsos.
Dois dos principais novos ricos do futebol mundial, PSG e City esbanjaram em grandes contratações nos últimos anos, mas isso teve um preço. Por não se enquadrarem na nova política, os clubes foram multados em 60 milhões de euros (cerca de R$ 182 milhões) cada. Além disso, poderão inscrever na próxima edição da Liga dos Campeões apenas 21 jogadores, e não 25 como prevê o regulamento da competição.
O expressivo valor das multas é o maior já aplicado pela entidade europeia. No entanto, a própria Uefa fez questão de esclarecer que boa parte da quantia, 40 milhões de euros, será devolvida a cada clube caso eles consigam cumprir as obrigações financeiras nos próximos dois anos.
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O "Fair Play Financeiro" da Uefa está em vigor desde 2011, quando foi estabelecido que os clubes precisariam "provar que não têm dívidas em atraso em relação a outros clubes, jogadores, segurança social e autoridades fiscais. Por outras palavras, têm que provar que pagaram as contas", como explica a própria entidade.
Desde o meio do ano passado, no entanto, a política implica que os clubes também têm de respeitar uma gestão equilibrada, sem gastar mais do que recebem. Com isso, os times precisam provar que têm recursos suficientes para bancar aquilo que se comprometeram a gastar ao longo da temporada.